Todos sabemos que o futuro dos jornais vai passar... para além do papel. Em boa verdade, isso já está acontecer. O certo é que ninguém tem muitas certezas sobre o modo como os jornais poderão converter-se aos formatos da Net. Acima de tudo, a pergunta impõe-se: como é que o próprio objecto jornal, mesmo virtual (sobretudo virtual), irá ser pago? Questão tanto mais delicada quanto a cultura do "livre" acesso, para além dos muitos equívocos culturais que vai gerando, criou também uma vasta franja de consumidores que confunde o "gratuito" com uma noção automática de "liberdade" de informação.
O New York Times, título de referência da nobreza jornalística, ensaia agora um passo decisivo. Ou que se pretende decisivo. Assim, a partir de 28 de Março, inicia-se a época das assinaturas digitais — para telemóvel, para iPad e seus derivados ou ainda permitindo um acesso ilimitado através de qualquer dispositivo. Esta última alternativa, naturalmente a mais dispendiosa, custa 35 dólares (cerca de 25 euros) todas as quatro semanas.
O futuro da imprensa é já hoje. Ou a partir do dia 28.
>>> O novo plano de assinaturas do NYT.