quinta-feira, março 17, 2011

Michael Gough (1916 - 2011)


Actor secundário de origem inglesa, sóbrio e versátil, com uma filmografia de mais de uma centena de títulos de cinema e televisão, Michael Gough faleceu no dia 17 de Março — contava 94 anos.
Não deixa de ser irónico que muitas notícias dando conta da morte de Gough o definam como o mordomo de Batman: duas vezes sob a direcção de Tim Burton (Batman e Batman Regressa, respectivamente de 1989 e 1992), outros duas com Joel Schumacher (Batman para Sempre e Batman & Robin, 1995 e 1997). De facto, tais filmes representam apenas os momentos finais de maior visibilidade de uma carreira repartida por seis décadas. Começou, aliás, numa época áurea da produção inglesa, surgindo em clássicos como O Homem do Fato Claro (1951), de Alexander Mackendrick, Ricardo III (1955), de Laurence Olivier, e Drácula (1958), de Terence Fisher. Este último, produzido pela Hammer Films, abriu-lhe as portas para uma série de títulos muito populares do género de terror, incluindo O Fantasma da Ópera (1962), também de Fisher. Entre os momentos mais importantes da sua trajectória, oscilando sempre entre o Reino Unido e os EUA, incluem-se O Mensageiro (1970), de Joseph Losey, África Minha (1985), de Sydney Pollack, Strapless (1989), de David Hare, A Idade da Inocência (1993), de Martin Scorsese, e Wittgenstein (1993), de Derek Jarman. Teve o seu derradeiro papel em Alice no País das Maravilhas (2010), de Tim Burton, dando voz ao pássaro Dodo.

>>> Obituário na BBC.