Prodígio juvenil do violino, protagonista de um dramático processo de ascensão e queda, o americano Eugene Fodor faleceu na sua casa em Arlington, Virginia, vítima de cirrose — tinha 60 anos (completaria 61 no dia 5 de Março).
Começou a aprender violino com 5 anos; aos 10, interpretava o Concerto nº 1, de Max Bruch, com a sinfónica de Denver (sua cidade natal). Estudou na Juilliard School of Music, em Nova Iorque, e também na Indiana University. Em 1972, teve o seu primeiro momento de glória, vencendo o concurso Paganini, para violinistas, em Itália. Dois anos mais tarde, arrebatava um dos segundos prémios do concurso Tchaikowsky, em Moscovo (numa edição em que o primeiro prémio não foi atribuído). A partir daí, tornou-se uma figura muito popular, em especial nos EUA, gravando regularmente e comparecendo com frequência em muitos programas de televisão, nomeadamente em The Late Show, com Johnny Carson [em baixo: registo da sua participação em Early American Christmas, um especial do Natal de 1978, apresentado por Perry Como]. Em 1989 foi preso por posse de heroína e cocaína. A partir daí, Fodor nunca mais recuperou o prestígio da primeira fase da sua carreira, mesmo se, até 2010, nunca abandonou o circuito dos concertos, embora em salas cada vez menos importantes — ao mesmo tempo, a dependência de drogas e álcool foi agravando, de forma irreversível, a sua saúde. Do seu período de glória, ficaram grandes interpretações, com destaque para obras de Niccolò Paganini, Fritz Kreisler e Henryk Wieniawski.
>>> Obituário no New York Times.
>>> Site oficial de Eugene Fodor.