Os irmãos Weinstein estão de volta! Eis a moral da história dos Oscars de 28 de Fevereiro de 2011, referentes à produção de 2010. De facto, desde o seu afastamento da Miramax (na sequência de crescentes desentendimentos com a proprietária Disney), eles têm tentado com The Weinstein Company recuperar esse lugar especial, e especialmente atraente, a meio caminho entre os independentes e os grandes estúdios.
Em parte, o objectivo tinha sido conseguido com o impacto do filme O Leitor (2008), que deu o Oscar de melhor actriz a Kate Winslet. Mas acabou por ser O Discurso do Rei a consumar os objectivos de Harvey e Bob Weinstein. A saber: consolidar uma dinâmica em que a ousadia criativa se cruza com um marketing extremamente hábil (para muitos, a imagem de marca do duo).
Em parte, o objectivo tinha sido conseguido com o impacto do filme O Leitor (2008), que deu o Oscar de melhor actriz a Kate Winslet. Mas acabou por ser O Discurso do Rei a consumar os objectivos de Harvey e Bob Weinstein. A saber: consolidar uma dinâmica em que a ousadia criativa se cruza com um marketing extremamente hábil (para muitos, a imagem de marca do duo).
Estamos a falar, afinal, de quem conseguiu vitórias comerciais e nos Oscars com títulos com O Paciente Inglês (1996), A Paixão de Shakespeare (1998) e Chicago (2002). Estamos também a falar de produtores ligados, por exemplo, a Na Cama com Madonna (1991), Pulp Fiction (1994) e Gangs de Nova Iorque (2002). Agora, com O Discurso do Rei — quatro Oscars, incluindo melhor filme —, os Weinstein conseguem a mais perversa das suas proezas: reconquistar o poder industrial que já tiveram, graças a um... telefilme da BBC.