Uma mesma rua, várias salas, concertos mais ainda. Na sua terceira edição o Super Bock em Stock pode não ter um cartaz com tantos nomes imediatos, mas o modelo voltou a fazer da Avenida da Liberdade um corredor vivo de gente a circular com entusiasmo entre acontecimentos. Entra-se, gosta-se e fica-se. Ou segue-se para outra sala ali perto… A rotina faz-se da vontade do momento, entre reencontros e descobertas. Ficam quatro retratos rápidos.
Owen Pallett – Na elegante sala do Tivoli a sua música consegue ocupar um palco onde nada mais acontece senão a sua presença e som. Domina as artes do palco, cria empatia. Passa por Caribou. É sempre um bom reencontro.
B Fachada – Informal em palco mesmo na hora de figurar num dos palcos principais (no São Jorge, mais precisamente). Acompanhado a dada altura por Sérgio Godinho. O par em bom diálogo, a versão de Etelvina contudo sem resistir (na leitura apresentada) à anemia da falta da electricidade face à versão original. Canções do novo disco pedem, para já, mais audições.
Kele – O álbum oscila entre o electro e a evocação de modelos da canção pós-punk. Em palco opta pela força das electrónicas e põe um Tivoli inteirinho a dançar. Tenderoni irresistível. Com Bloc Party a meio da ementa, o concerto acabou por ser inesperada boa surpresa.
Wavves – Ao fim da noite, na Garagem no Marquês de Pombal. O som não era o melhor, de facto, mas ajudou a desarrumar o som das mais arrumadas canções do disco mais recente.