quarta-feira, dezembro 29, 2010

Os concertos de 2010

Foto: DN

POP/ROCK:

Lady Gaga
(Pavilhão Atlântico, Lisboa)
Mais que mero aparato visual, mais que apenas um desfile de canções e de criações de moda. Houve comunicação, causas, interacção com a plateia. E uma partilha das cenografias e poses com os músicos e até mesmo episódios ao piano. A Monster Ball Tour foi mesmo um dos acontecimentos do ano.

Janelle Monáe
(Teatro Tivoli, Lisboa)
Foi “o” concerto da edição deste ano do Super Bock em Stock. Com o álbum The Archandroid por pano de fundo, um percurso por vários géneros e referências numa invulgar exposição de versatilidade.

Divine Comedy
(Teatro Maria Matos, Lisboa)
Em palco apenas um piano e uma guitarra. As canções, despidas à medula da sua essência, falaram mais alto e o já conhecido sentido de humor de Neil Hannon fez o resto.

Vampire Weekend
(Campo Pequeno, Lisboa)
Um já sólido corpo de canções, apenas dois álbuns após o arranque da aventura, sustentam um concerto irresistível, no qual as qualidades de uma banda bem rodada na estrada ficaram bem claras.

Rufus Wainwright
(Aula Magna, Lisboa)
Um concerto para voz e piano, com as canções de All Days Are Nights – Songs For Lulu na primeira parte e uma série de clássicos na segunda.



CLÁSSICA:


Mitsuko Uchida + Simon Rattle
Berliner Philharmoniker
(Philharmonie, Berlim)
Um programa, em Fevereiro, com obras de Ligeti, Sibelius e Beethoven. Foi para um dos concertos para piano e orquestra deste último que ao maestro e orquestra se juntou a pianista Mitsuko Uchida.

Maria João Pires + John Eliott Gardiner
London Symphony Orchestra
(Coliseu dos Recreios, Lisboa)
Uma das mais aclamadas digressões do ano por uma das grandes orquestras mundiais levou à sala lisboeta um programa dedicado a Beethoven.

‘A Flowering Tree’, de John Adams
Joana Carneiro + cantores
Orquestra Gulbenkian
(Fundação Gulbenkian, Lisboa)
Espantosa leitura de compromisso para uma versão de concerto da mais recente ópera de John Adams, num modelo que permitiu valorizar as qualidades narrativas da música.

Ambrose Field + John Potter
(Teatro Maria Matos)
O ponto de partida era a música do álbum Being Dufay, de 2009, que estabelecia pontes entre a música antiga e texturas electrónicas do presente. Actuação minimalista nos recursos, mas plena de sentidos.

Lawrence Foster
Orquestra Gulbenkian
(Fundação Gulbenkian)
Num programa logo no início do ano destacava-se a Sinfonia Nº 1- Jeremiah, de Leonard Bernstein.O viço na direcção de Foster deu-nos uma leitura daqueles que mereciam disco. O programa incluía ainda obras de Tilson Thomas e Mahler.