Como uma espécie de lei transcendente e apócrifa, a frase surge nas caixas de mail para sinalizar a (in)actividade dos "amigos" das redes sociais [contexto na imagem de baixo].
Se, do outro lado, ninguém fez click, ninguém pôs a circular uma qualquer força virtual, então podemos ter a certeza : nada acontece... Em tempos de agressivo marketing da "personalização", não poderia haver ilustração mais eloquente do metódico esvaziamento do conceito de pessoa. Talvez que o mais chocante seja a partícula "seus" — parece que a máquina quer que eu seja tão despreocupado e feliz que até considera útil retirar-me a gestão das minhas relações com os meus amigos. Em 2011, vai ser ainda mais difícil dizer/escrever "eu".
Bom ano.
Se, do outro lado, ninguém fez click, ninguém pôs a circular uma qualquer força virtual, então podemos ter a certeza : nada acontece... Em tempos de agressivo marketing da "personalização", não poderia haver ilustração mais eloquente do metódico esvaziamento do conceito de pessoa. Talvez que o mais chocante seja a partícula "seus" — parece que a máquina quer que eu seja tão despreocupado e feliz que até considera útil retirar-me a gestão das minhas relações com os meus amigos. Em 2011, vai ser ainda mais difícil dizer/escrever "eu".
Bom ano.