
É verdade que houve recentemente um remake de O Dia em Que A Terra Parou que, nos melhores momentos, não chegava nunca aos calcanhares de uma medíocre visão do original. Concentremos então atenções no verdadeiro clássico, agora finalmente com edição portuguesa.


E de repente tudo parecia diferente. Havia um disco voador. A chegada à Terra de alienígenas, o alarido humano reagindo com a ansiedade da praxe (não faltando o bom momento dispara primeiro, pergunta depois). Mas esta é uma visita diferente, do espaço chegando um extra-terrestre (e um imponente Robot) numa missão de alerta aos líderes do nosso mundo, avisando-os que a sua conduta belicista não é vista com bons olhos lá de longe, a sua não mudança podendo acarretar consequências. O Dia em Que A Terra Parou é assim uma reflexão pacifista em tempo de medo. É que, apesar da visita alienígena a ameaça, afinal, está entre nós.

Esta nova espantosa edição junta ao filme (em cópia restaurada) um segundo disco de extras que ajudam a contextualizar O Dia em Que A Terra Parou no quadro dos acontecimentos do seu tempo, justificando o seu lugar na história do cinema. Afinal, esta foi, na altura, a primeira super-produção da história do cinema de ficção científica.
Imagens do trailer do filme (há uma sequência de ecrã negro, é mesmo assim…).