DOUGLAS GORDON
Auto-retrato como Kurt Cobain, como Andy Warhol, como Myra Hindley, como Marilyn Monroe
1996
Como este célebre auto-retrato pode esclarecer, Douglas Gordon trabalha num labirinto em que as imagens dos outros se transfiguram em mensagens pessoais, por assim dizer deslocando cada sujeito para a condição de objecto (ou o inverso) – eu e tu são variações no espelho, nós é um artifício acolhedor.
Escocês, nascido em 1966, Gordon passou pelo Estoril para apresentar K.364 – A Journey By Train, filme de 62 minutos sobre Avril Levitan (viola) e Roy Shiloha (violino), solistas de uma peça lendária de Mozart, precisamente a Sinfonia Concertante K.364. Entre as memórias das paisagens (do Holocausto) e a beleza do universo mozartiano (a peça é apresentada num espantoso registo em que o ecrã se apresenta dividido em duas zonas "simétricas"), este é um exercício cinematográfico em que a reportagem se confunde com a instalação artística e, por fim, com a contemplação filosófica — um grande momento de cinema como arte de integração de todas as artes.
Escocês, nascido em 1966, Gordon passou pelo Estoril para apresentar K.364 – A Journey By Train, filme de 62 minutos sobre Avril Levitan (viola) e Roy Shiloha (violino), solistas de uma peça lendária de Mozart, precisamente a Sinfonia Concertante K.364. Entre as memórias das paisagens (do Holocausto) e a beleza do universo mozartiano (a peça é apresentada num espantoso registo em que o ecrã se apresenta dividido em duas zonas "simétricas"), este é um exercício cinematográfico em que a reportagem se confunde com a instalação artística e, por fim, com a contemplação filosófica — um grande momento de cinema como arte de integração de todas as artes.
>>> Douglas Gordon na Gagosian Gallery.
>>> Trabalhos de Douglas Gordon na ArtCyclopedia.
>>> Douglas Gordon nas páginas do jornal The Guardian.