Duran Duran
“Big Thing”
EMI Music
3 / 5
Em busca de novo caminho em plena segunda metade dos anos 80 e cientes de que o seu estatuto de incontestada popularidade global não era mais o mesmo, os Duran Duran procuraram fazer do sucessor de Notorious (1986) algo completamente diferente. Ficavam de lado tanto o white funk como as heranças directas dos Power Station que haviam marcado o seu regresso após o hiato (que viu os primeiros sinais de desagregação do quinteto “clássico”). Em cena entrava uma vontade em explorar as novas pistas escutadas na club culture em plena explosão house. E, ao mesmo tempo, um aprofundar das explorações mais texturais que, na verdade, são a mais evidente marca de continuidade face a discos anteriores (Arcadia inclusive). Big Thing é como que uma tentativa de reencontar um lugar na linha da frente numa relação entre a pop e a música de dança que, afinal, fora uma das marcas de identidade do grupo entre 1981 e 82. O híbrido feito de pop e house de I Don’t Want Your Love e o mais intenso All She Wants Is não só representaram as melhores concretizações desta ideia, como deram ao grupo novo par de êxitos. Já o tema-título e o claramente menor Drug (It’s Just A State Of Mind) (que fleizmente não chegou a single, apesar de apontado a semelhante destino) estão contudo para a mesma vontade como uma maionaise deslaçada… Melhor é a face “atmosférica” do álbum, com uma grande canção injustamente esquecida nos best ófes da praxe (Do You Believe In Shame, que foi o terceiro single do álbum). Warren Cuccurullo, que ainda não integrava então oficialmente o grupo, já deixa marcas da sua presença, que o diga o díptico The Edge Of America/Lake Shore Drive… No todo, e afinal um pouco como em Notorious, o algo inconsequente Big Thing mostra uma banda sem certezas definitivas sobre o seu caminho, algo perdida entre as heranças da sua própria identidade e uma vontade em não perder a carruagem da frente do comboio dos acontecimentos… A presente reedição repõe no alinhamento a mistura original de Drug (It’s Just A State Of Mind), junta num CD de extras lados B (entre os quais o belíssimo I Believe/All I Need To Know, melhor que muitos dos temas do álbum) e remisturas (assutadora a remistura inédita do tema-título). No DVD servem-se os telediscos (Do You Believe In Shame é realizado por Chen Kaige. E um concerto muito aquém das grandes produções de outros dias, registado em Milão em 1988.
“Big Thing”
EMI Music
3 / 5
Em busca de novo caminho em plena segunda metade dos anos 80 e cientes de que o seu estatuto de incontestada popularidade global não era mais o mesmo, os Duran Duran procuraram fazer do sucessor de Notorious (1986) algo completamente diferente. Ficavam de lado tanto o white funk como as heranças directas dos Power Station que haviam marcado o seu regresso após o hiato (que viu os primeiros sinais de desagregação do quinteto “clássico”). Em cena entrava uma vontade em explorar as novas pistas escutadas na club culture em plena explosão house. E, ao mesmo tempo, um aprofundar das explorações mais texturais que, na verdade, são a mais evidente marca de continuidade face a discos anteriores (Arcadia inclusive). Big Thing é como que uma tentativa de reencontar um lugar na linha da frente numa relação entre a pop e a música de dança que, afinal, fora uma das marcas de identidade do grupo entre 1981 e 82. O híbrido feito de pop e house de I Don’t Want Your Love e o mais intenso All She Wants Is não só representaram as melhores concretizações desta ideia, como deram ao grupo novo par de êxitos. Já o tema-título e o claramente menor Drug (It’s Just A State Of Mind) (que fleizmente não chegou a single, apesar de apontado a semelhante destino) estão contudo para a mesma vontade como uma maionaise deslaçada… Melhor é a face “atmosférica” do álbum, com uma grande canção injustamente esquecida nos best ófes da praxe (Do You Believe In Shame, que foi o terceiro single do álbum). Warren Cuccurullo, que ainda não integrava então oficialmente o grupo, já deixa marcas da sua presença, que o diga o díptico The Edge Of America/Lake Shore Drive… No todo, e afinal um pouco como em Notorious, o algo inconsequente Big Thing mostra uma banda sem certezas definitivas sobre o seu caminho, algo perdida entre as heranças da sua própria identidade e uma vontade em não perder a carruagem da frente do comboio dos acontecimentos… A presente reedição repõe no alinhamento a mistura original de Drug (It’s Just A State Of Mind), junta num CD de extras lados B (entre os quais o belíssimo I Believe/All I Need To Know, melhor que muitos dos temas do álbum) e remisturas (assutadora a remistura inédita do tema-título). No DVD servem-se os telediscos (Do You Believe In Shame é realizado por Chen Kaige. E um concerto muito aquém das grandes produções de outros dias, registado em Milão em 1988.