Hot Chip
“We Have Remixes”
Parlophone / EMI
4 / 5
Em quatro álbuns, editados desde 2004, os Hot Chip afirmaram-se como uma das mais interessantes forças de uma pop electrónica capaz de cruzar o formato clássico da canção com ideias assimiladas nas mais recententes visões escutadas nos domínios da música de dança. One Life Stand, o seu álbum editado este ano, revelou contudo uma inesperada divisão de protagonismo entre essa mesma faceta (que no passado nos dera já clássicos como Over and Over e Ready For The Floor) e uma série de tentativas falhadas em ensaiar o registo da balada eloquente (nem todos são Neil Tennant e Chris Lowe, é bem verdade…). We Have Remixes, o EP que agora editam, não entra em cena com qualquer missão de tentar resolver os pontos fracos de um álbum que juntava algumas das melhores canções que ouvimos este ano (como, por exemplo, a irresistível I Feel Better) com temas claramente menores e que em nada ajudaram a soma do todo. Este é antes um complemento directo, juntando quatro temas e entregando-os nas mãos de quatro nomes, a cada qual pedindo uma nova leitura. Mesmo sendo ocasionalmente um tanto mais longas que o que seria necessário (mas afinal esse é hábito antigo desde que os máxi-singles, de 12 polegadas, se afirmaram como o veículo fundamentel para exercícios de remistura), as novas visões propõe, quase todas, novos e interessantes ângulos de abordagem às canções. Hand Me Down Your Love, por Todd Edwards e We Have Love, via Hot City, respiram claro viço dançante sem perder nem a carga melodista nem o importante jogo de contrastes vocais que são marca de referência na identidade dos Hot Chip. Caribou salva depois Brothers, um dos tropeções maiores do álbum na sua forma original, transportando a canção para um patamar bem mais desafiante. Já a leitura pouco interventiva da Osburne Remix para Take It In faz deste o único momento menos brilhante de um EP que reafirma os Hot Chip como uma das mais interessantes forças pop da actual música de dança. Ou, antes, a mais interessante força dançante da actual música pop?
“We Have Remixes”
Parlophone / EMI
4 / 5
Em quatro álbuns, editados desde 2004, os Hot Chip afirmaram-se como uma das mais interessantes forças de uma pop electrónica capaz de cruzar o formato clássico da canção com ideias assimiladas nas mais recententes visões escutadas nos domínios da música de dança. One Life Stand, o seu álbum editado este ano, revelou contudo uma inesperada divisão de protagonismo entre essa mesma faceta (que no passado nos dera já clássicos como Over and Over e Ready For The Floor) e uma série de tentativas falhadas em ensaiar o registo da balada eloquente (nem todos são Neil Tennant e Chris Lowe, é bem verdade…). We Have Remixes, o EP que agora editam, não entra em cena com qualquer missão de tentar resolver os pontos fracos de um álbum que juntava algumas das melhores canções que ouvimos este ano (como, por exemplo, a irresistível I Feel Better) com temas claramente menores e que em nada ajudaram a soma do todo. Este é antes um complemento directo, juntando quatro temas e entregando-os nas mãos de quatro nomes, a cada qual pedindo uma nova leitura. Mesmo sendo ocasionalmente um tanto mais longas que o que seria necessário (mas afinal esse é hábito antigo desde que os máxi-singles, de 12 polegadas, se afirmaram como o veículo fundamentel para exercícios de remistura), as novas visões propõe, quase todas, novos e interessantes ângulos de abordagem às canções. Hand Me Down Your Love, por Todd Edwards e We Have Love, via Hot City, respiram claro viço dançante sem perder nem a carga melodista nem o importante jogo de contrastes vocais que são marca de referência na identidade dos Hot Chip. Caribou salva depois Brothers, um dos tropeções maiores do álbum na sua forma original, transportando a canção para um patamar bem mais desafiante. Já a leitura pouco interventiva da Osburne Remix para Take It In faz deste o único momento menos brilhante de um EP que reafirma os Hot Chip como uma das mais interessantes forças pop da actual música de dança. Ou, antes, a mais interessante força dançante da actual música pop?