terça-feira, setembro 14, 2010

Bernstein, para ler

Dois livros novos visitam memórias de Leonard Bernstein, chamando novas atenções para uma figura cuja importância (como compositor, e não apenas como maestro, entenda-se) começa a ser devidamente reconhecida em várias frentes.

Assinado por Jack Gotlieb, que durante anos trabalhou como assitente e editor de Bernstein, publica Working With Bernstein (Amadeus Press, 384 pp.). Juntando alguns ensaios já publicados a textos inéditos, Gotlieb reune no livro uma série de olhares e reflexões sobre Bernstein, recordando por exemplo as sessões de gravação de West Side Story ou de Candide, afirmando que a Sinfonia Nº 3 devia ter sido deixada na sua versão original, que o bailado Dybukk é a obra do compositor que levaria para uma ilha deserta e que a sua Missa representou o momento de renovação mais significativo do teatro musical do nosso tempo. Ao mesmo tempo entra em cena The Politics Of Leonard Bernstein, de Barry Seldes (University Of California Press, 296 pp.), um olhar dirigido ao homem político evocando várias das suas ideias e atitudes, algumas delas tendo gerado artigos que deram que falar nas páginas dos jornais da época.