Formou, com Gary Cooper, o par de The Fountainhead/Vontade Indómita (1949), de King Vidor, um título lendário do cinema clássico americano, baseado no romance homónimo de Ayn Rand — Patricia Neal faleceu em sua casa (Edgartown, Martha's Vineyard, Massachusetts), vítima de cancro do pulmão, no dia 8 de Agosto, contava 84 anos.
Com formação teatral adquirida na Northwestern University, de Chicago, revelou-se nos palcos da Broadway, tendo entrado para o cinema através de um contrato com os estúdios Warner. Depois de The Fountainhead, surgiu, por exemplo, em O Dia em que a Terra Parou (1951), de Robert Wise, Um Rosto na Multidão (1957), de Elia Kazan, Boneca de Luxo (1961), de Blake Edwards, e Hud/O Mais Selvagem entre Mil (1963), de Martin Ritt — este último, em que contracenava com Paul Newman, valeu-lhe o Oscar de melhor actriz.
Em qualquer biografia de Patricia Neal, a intensidade das suas interpretações surge inevitavelmente em paralelo com o dramatismo da sua própria existência: em 1965, depois de ter rodado In Harm's Way/A Primeira Vitória, de Otto Preminger, sofreu um aneurisma cerebral, durante uma gravidez, tendo permanecido em coma três semanas — o certo é que sobreviveu, tendo dado à luz uma criança saudável, a quinta do seu casamento com o escritor Road Dahl (a primeira das suas filhas, nascida em 1955, falecera em 1962).
A recuperação implicou a reaprendizagem de comportamentos básicos, como o andar e falar, mas acabou por ter sucesso, permitindo-lhe regressar ao cinema, em 1968, com O Assunto Era Rosas, de Ulu Grosbard. Tornou-se activista de diversas campanhas de informação sobre a paralisia cerebral e as possibilidades de contrariar os seus efeitos — como reconhecimento do seu trabalho pedagógico, o Centro Médico Regional de Fort Sanders, Knoxville (onde passou a infância), deu à sua unidade de reabilitação o nome de Centro Patricia Neal. Depois da versão moderna de A Oeste Nada de Novo, realizada em 1979 por Delbert Mann, trabalhou de forma irregular e sobretudo em televisão. A sua autobiografia, As I Am, foi editada em 1988.
>>> Obituário no New York Times.
Com formação teatral adquirida na Northwestern University, de Chicago, revelou-se nos palcos da Broadway, tendo entrado para o cinema através de um contrato com os estúdios Warner. Depois de The Fountainhead, surgiu, por exemplo, em O Dia em que a Terra Parou (1951), de Robert Wise, Um Rosto na Multidão (1957), de Elia Kazan, Boneca de Luxo (1961), de Blake Edwards, e Hud/O Mais Selvagem entre Mil (1963), de Martin Ritt — este último, em que contracenava com Paul Newman, valeu-lhe o Oscar de melhor actriz.
Em qualquer biografia de Patricia Neal, a intensidade das suas interpretações surge inevitavelmente em paralelo com o dramatismo da sua própria existência: em 1965, depois de ter rodado In Harm's Way/A Primeira Vitória, de Otto Preminger, sofreu um aneurisma cerebral, durante uma gravidez, tendo permanecido em coma três semanas — o certo é que sobreviveu, tendo dado à luz uma criança saudável, a quinta do seu casamento com o escritor Road Dahl (a primeira das suas filhas, nascida em 1955, falecera em 1962).
A recuperação implicou a reaprendizagem de comportamentos básicos, como o andar e falar, mas acabou por ter sucesso, permitindo-lhe regressar ao cinema, em 1968, com O Assunto Era Rosas, de Ulu Grosbard. Tornou-se activista de diversas campanhas de informação sobre a paralisia cerebral e as possibilidades de contrariar os seus efeitos — como reconhecimento do seu trabalho pedagógico, o Centro Médico Regional de Fort Sanders, Knoxville (onde passou a infância), deu à sua unidade de reabilitação o nome de Centro Patricia Neal. Depois da versão moderna de A Oeste Nada de Novo, realizada em 1979 por Delbert Mann, trabalhou de forma irregular e sobretudo em televisão. A sua autobiografia, As I Am, foi editada em 1988.