Provavelmente, há uma simbologia do "alto" e do "baixo", do humano e do divino, a que não é fácil escapar. Assim, os vencedores — neste caso, os espanhóis erguendo a taça do Mundial de Futebol — aparecem quase sempre projectados para o céu, porventura integrando poderes de alguma dimensão etérea. Os vencidos — os holandeses nas imediações do Museu Van Gogh, em Amesterdão — são figuras destroçadas de uma paisagem de detritos, eminentemente terrestre. Mistério de muitos séculos: por que é que as imagens de ruínas — sublinho: as imagens — são quase sempre mais acolhedoras?
>>> Site do jornal Het Parool (Amesterdão).
>>> Site do jornal El Pais (Madrid).
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