quinta-feira, junho 17, 2010

Novas edições:
Fang Island, Fang Island


Fang Island
“Fang Island”
Sergent House
3 / 5

Chamam-se Fang Island, vêm de Providence (Rhode Island) mas instalaram-se há já uns tempos, de armas e bagagens, em Brooklyn. A sua pré-história remonta a 2005, a vivências com cenário numa escola de design ainda em Rhode Island. O primeiro disco, um EP (em auto-edição), data de 2007. Seguiu-se outro em 2008. Mas é com Daisy, single de finais de 2009 que chamam atenções, entretanto reforçadas por Life Coach, já este ano… Nestes dois singles apresentavam dois promissores cartões de visita (acompanhados por imaginativos telediscos low budget assinados por Carlos Charlie Perez). Em Daisy com as vozes quase limitadas a um refrão cantada como se de um cântico tribal se tratasse. Em Life Coach aproximando-se mais da ideia de canção. Por ambos corre electricidade de baixa fidelidade a rodos e o que parece ser uma (cada vez mais presente) admiração pelas formas entretanto desenvolvidas pela música dos Animal Collective. O álbum, na verdade, não acrescenta a estes dois temas (aqui incluídos) nenhum com este calibre. E junta às lógicas de descontstrução que inevitavelmente associamos aos Animal Collective um interesse pela exploração da relação dos ritmos com as guitarras que evoca a obra recente dos Battles. Mais vezes entregue aos instrumentos que ao protagonismo vocal, Fang Island é um disco exuberante na intensidade do som, estridente na relação com a reverberação. Aparentemente festivo. Faltam-lhe contudo canções (ou não-canções, como parece ser mais o destino do seu interesse), o intenso Treeton e o inesperadamente mais electrónico Davy Crockett mostrando contudo que não esgotaram em Daisy e Life Coach a sua carteira de ideias. Um nome a seguir com atenção.