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É uma ideia ainda relativamente recente lançada pela Deutsche Grammophon, promovendo encontros entre músicos do presente, essencialmente ligados às electrónicas e os arquivos do catálogo da editora e, consequente, todo um vasto universo de referências na história da música.
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Depois de uma série de três primeiro volumes que resultaram, em sequência, do trabalho de Armand Matthias, Jimi Tenor e da dupla formada por Carl Craig e Moritz Von Oswald, a Deutsche Grammophon prepara-se para editar, a 12 de Julho, um quarto episódio integrado na série “Re-composed”. Matthew Herbert, um dos mais visionários espíritos do nosso tempo (e autor de marcante obra na área da música electrónica), é conhecido pela forma como sabe alargar os horizontes dos seus interesses a outras formas e géneros musicais. Neste seu novo disco aborda em concreto a
10ª Sinfonia de Mahler. É sabido que o compositor a deixou incompleta e que, além do primeiro andamento, não existe numa forma definitiva, o que dela conhecemos resultando de trabalho efectuado posteriormente com base nos esboços e anotações que Gustav Mahler nos deixou (estas visões sendo todavia longe de unânimes). Herbert encarou assim uma obra inacabada, propondo o disco, e como sugere o desafio desta série de álbuns, a sua “recomposição”. Tal como nos volumes anteriores da série, o trabalho de “recomposição” junta a intervenção no presente a gravações do catálogo da editora, aqui surgindo como ponto de partida um registo pela Philarmonia Orchestra londrina, sob direcção de Giuseppe Sinopoli. Ficamos à espera para ouvir…