Um jornal não é desinteressante, nem pode ser menorizado, apenas porque é oferecido. Do mesmo modo, um jornal oferecido, por sê-lo, não está isento de conferir alguma atenção aos valores mais básicos da profissão em que se enquadra e do espaço social em que se insere.
Assim, por exemplo, esta edição de hoje do jornal Metro. Que haja kits de infidelidade para os homens controlarem as mulheres (é essa a "motivação" da notícia), eis o que, pela monstruosidade que envolve, justifica por si só alguma contenção e rigor informativo. Que isso seja tema de uma manchete de jornal, para mais apelando ao humor (?), eis o que confunde a intervenção jornalística com o trágico esvaziamento de qualquer hipótese de inteligência.
Assim, por exemplo, esta edição de hoje do jornal Metro. Que haja kits de infidelidade para os homens controlarem as mulheres (é essa a "motivação" da notícia), eis o que, pela monstruosidade que envolve, justifica por si só alguma contenção e rigor informativo. Que isso seja tema de uma manchete de jornal, para mais apelando ao humor (?), eis o que confunde a intervenção jornalística com o trágico esvaziamento de qualquer hipótese de inteligência.
"Quanto ao moderno jornalismo, não me pertence defendê-lo. A sua existência está justificada pelo grande princípio darwiniano da sobrevivência do mais vulgar."
OSCAR WILDE
(1891)