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David Byrne abre o seu livro com uma daquelas frases que não deixam lugar para a dúvida, afirmando que “a bicicleta é o meio de transporte mais utilizado no mundo”. É o seu principal meio de transporte desde o início dos anos 80 em Nova Iorque, onde reside. No final dos oitentas comprou uma bicicleta dobrável e começou a levá-la sempre que viajava. Agora, com meio mundo corrido a pedalar, junta num livro algumas histórias e reflexões sobre lugares que conheceu, andando de bicicleta.
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Em Diário da Bicicleta, David Byrne fala essencialmente de cidades. Cidades que, como a dada altura reflecte, “são manifestações físicas das nossas crenças mais profundas e dos nossos pensamentos muitas vezes inconscientes, não tanto enquanto indivíduos, mas enquanto animais sociais que somos”. Londres, Nova Iorque, Manila, Istambul, Buenos Aires, Nova Orleães, Baltimore, São Francisco... São algumas das cidades que aqui visitamos com o músico por cicerone. Na maior parte delas, com o reconhece, estava apenas de passagem. E por isso, confessa, o que “podia observar seria forçosamente superficial, limitado e muito específico”.
Mas David Byrne diz ainda que, mesmo numa viagem curta, “um visitante é capaz de ler os pormenores, as particularidades tornadas visíveis e que, depois disso, os desígnios ocultos da cidade emergem por si mesmos”. A economia, por exemplo, “revela-se na montra das lojas”, e a história da cidade lê-se “nas estruturas das portas”.
O livro recorda viagens que recuam, algumas delas, até há uns 12 anos. Outras são bem recentes. Umas estão relacionadas com concertos ou exposições. Numa outra (às Filipinas) acompanhamos a gestação do recentemente editado Here Lies Love. Andar de bicicleta ajudou Byrne a manter-se são. “Algumas pessoas refugiam-se em quartos de hotel se um sítio não lhes é familiar”, diz... Não é o seu caso. Como explica nas páginas do livro, descobriu “que a sensação física que nos surge quando nos transportamos a nós próprios, juntamente com a sensação de autocontrolo própria desta situação de duas rodas” o fortalece e tranquiliza de uma forma que diz ser “bastante agradável”. Parece “uma forma de meditação”. E agora, através das páginas que escreveu, partilha a experiência com o leitor.
Mas David Byrne diz ainda que, mesmo numa viagem curta, “um visitante é capaz de ler os pormenores, as particularidades tornadas visíveis e que, depois disso, os desígnios ocultos da cidade emergem por si mesmos”. A economia, por exemplo, “revela-se na montra das lojas”, e a história da cidade lê-se “nas estruturas das portas”.
O livro recorda viagens que recuam, algumas delas, até há uns 12 anos. Outras são bem recentes. Umas estão relacionadas com concertos ou exposições. Numa outra (às Filipinas) acompanhamos a gestação do recentemente editado Here Lies Love. Andar de bicicleta ajudou Byrne a manter-se são. “Algumas pessoas refugiam-se em quartos de hotel se um sítio não lhes é familiar”, diz... Não é o seu caso. Como explica nas páginas do livro, descobriu “que a sensação física que nos surge quando nos transportamos a nós próprios, juntamente com a sensação de autocontrolo própria desta situação de duas rodas” o fortalece e tranquiliza de uma forma que diz ser “bastante agradável”. Parece “uma forma de meditação”. E agora, através das páginas que escreveu, partilha a experiência com o leitor.