‘Oberon, Titania and Puck with Fairies Dancing’,
de William Blake (1786)
Várias edições discográficas surgiram ao longo deste ano, assinalando o bicentenário do nascimento de Felix Mendelssohn-Bartholdy (1809-1847). Uma delas, sob a direcção de Philippe Herreweghe, juntando os músicos da Orchestre dês Champs Elysees e as vozes do Collegium Vocale Gent e La Chapelle Royale, apresenta agora, numa caixa de cinco CD (ed. Harmonia Mundi) uma série de importantes obras corais do compositor alemão, entre as quais os oratórios Paulus e Elias e aquela que é uma das mais célebres das obras de Mendelssohn, juntando a música que, em duas etapas da sua vida, compôs sob inspiração de Sonho de uma Noite de Verão, de Shakespeare.
Escrita entre 1594 e 1596, a peça de Shakespeare conheceu ao longo da história uma série de adaptações musicais. No século XVII Henry Purcell partiu do texto para criar a ópera The Fairy Queen. Já no século XX o alemão Carl Orff compôs música incidental para uma produção da peça – atribuindo-lhe o título alemão Ein Sommernachtstraum. Vaughan Williams partiu do mesmo texto para uma das suas três canções shakespeareanas. Britten levou-a à ópera em 1960. E Henze inspirou-se igualmente na mesma peça para a sua Sinfonia Nº 8...
Mendelssohn descobriu, muito jovem, o texto de Shakespeare numa das tardes de leitura de poemas e peças que a família frequentemente organizava. Tinha apenas 17 anos quando desta fantasia romântica partiu para a criação de uma abertura, que conheceu estreia em 1827 em Settin (hoje na Polónia), para onde viajou sob um temporal para marcar presença no concerto. Tinha completado os 18 anos alguns dias antes e, além de marcar presença na estreia da sua peça, actuou no mesmo concerto como solista numa obra para piano de Weber e, depois do intervalo, juntou-se depois à orquestra (como violinista) para uma 9ª de Beethoven.
A obra, como hoje a conhecemos, resulta da junção desta abertura a uma série de elementos incidentais que, duas décadas depois, compôs para uma representação do texto de Shakespeare na corte de Guilherme IV, em Potsdam, estreada em 1843 sob a direcção do próprio compositor.
de William Blake (1786)
Várias edições discográficas surgiram ao longo deste ano, assinalando o bicentenário do nascimento de Felix Mendelssohn-Bartholdy (1809-1847). Uma delas, sob a direcção de Philippe Herreweghe, juntando os músicos da Orchestre dês Champs Elysees e as vozes do Collegium Vocale Gent e La Chapelle Royale, apresenta agora, numa caixa de cinco CD (ed. Harmonia Mundi) uma série de importantes obras corais do compositor alemão, entre as quais os oratórios Paulus e Elias e aquela que é uma das mais célebres das obras de Mendelssohn, juntando a música que, em duas etapas da sua vida, compôs sob inspiração de Sonho de uma Noite de Verão, de Shakespeare.
Escrita entre 1594 e 1596, a peça de Shakespeare conheceu ao longo da história uma série de adaptações musicais. No século XVII Henry Purcell partiu do texto para criar a ópera The Fairy Queen. Já no século XX o alemão Carl Orff compôs música incidental para uma produção da peça – atribuindo-lhe o título alemão Ein Sommernachtstraum. Vaughan Williams partiu do mesmo texto para uma das suas três canções shakespeareanas. Britten levou-a à ópera em 1960. E Henze inspirou-se igualmente na mesma peça para a sua Sinfonia Nº 8...
Mendelssohn descobriu, muito jovem, o texto de Shakespeare numa das tardes de leitura de poemas e peças que a família frequentemente organizava. Tinha apenas 17 anos quando desta fantasia romântica partiu para a criação de uma abertura, que conheceu estreia em 1827 em Settin (hoje na Polónia), para onde viajou sob um temporal para marcar presença no concerto. Tinha completado os 18 anos alguns dias antes e, além de marcar presença na estreia da sua peça, actuou no mesmo concerto como solista numa obra para piano de Weber e, depois do intervalo, juntou-se depois à orquestra (como violinista) para uma 9ª de Beethoven.
A obra, como hoje a conhecemos, resulta da junção desta abertura a uma série de elementos incidentais que, duas décadas depois, compôs para uma representação do texto de Shakespeare na corte de Guilherme IV, em Potsdam, estreada em 1843 sob a direcção do próprio compositor.