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A promoção da dupla antologia
Celebration faz-se a partir de um jogo de contrastes, sobreposições e colagens de imagens emblemáticas dos telediscos de Madonna. É a maneira justa de apresentar um álbum que, de facto, resiste às rotinas de um normal "best of". Porquê? Porque o tempo está alterado para além de qualquer cronologia. Dito de outro modo: Madonna baralha (e volta a dar) os capítulos da sua história — musical & pessoal —, propondo uma viagem que, certamente não por acaso, começa com o emblemático verso de
Hung Up (2005): "Time goes by so slowly". Talvez seja essa a moral da dita história: devolver ao tempo alguma lentidão — envelhecer é também esse desafio.