Gilberto Madaíl continua a liderar uma alegre campanha para a participação de Portugal (numa candidatura ibérica) na organização do Mundial de Futebol de 2018. Agora, já se começam a fazer contas sobre as cidades que poderão estar envolvidas no evento e, claro, as transformações que será preciso fazer nos respectivos estádios — pelas notícias ficamos a saber, por exemplo, coisas empolgantes como esta: 'Braga e Algarve entram no lote porque "houve por parte daqueles uma manifestação de interesse em participar no projecto", segundo disse Onofre Costa. O recinto dos minhotos, que custou cerca de 100 milhões de euros, necessita de mais 14 mil lugares para assegurar a lotação mínima. O de Faro/Loulé, que custou perto de 31 milhões de euros precisa do dobro de lugares para ser elegível.'
Perante tanto entusiasmo, ficam apenas duas velhas perguntas:
1 - onde está a oposição escandalizada com os dinheiros de aeroportos e TGV — um comboio de alta velocidade é uma tragédia nacional, mas um Mundial de Futebol apenas justifica... silêncio?
2 - onde está um governo que se deixe de paninhos quentes e ponha fim a um projecto que nenhuma razão consistente, nem desportiva, nem cultural, ainda menos económica, parece poder justificar?
Perante tanto entusiasmo, ficam apenas duas velhas perguntas:
1 - onde está a oposição escandalizada com os dinheiros de aeroportos e TGV — um comboio de alta velocidade é uma tragédia nacional, mas um Mundial de Futebol apenas justifica... silêncio?
2 - onde está um governo que se deixe de paninhos quentes e ponha fim a um projecto que nenhuma razão consistente, nem desportiva, nem cultural, ainda menos económica, parece poder justificar?