Robert Heinlein (1907-1988) foi um dos autores dre literatura de ficção científica que mais narrativas colocou em solo lunar. Uma das suas primeiras abordagens à conquista da Lua data de 1949 (pouco depois de ter encetado a sua carreira na escrita), no conto The Man Who Sold The Moon (entre nós publicado como O Homem Que Vendeu a Lua, na colecção Argonauta). O conto projecta uma primeira missão tripulada à Lua no ano de 1978 (num daqueles raros casos em que a realidade acabou por antecipar a ficção). Porém, vinte anos antes da concretização dos objectivos da missão Apollo, Robert A. Heinlein foi dos primeiros a encarar, neste preciso texto, o facto da conquista do espaço ser, além de um feito técnico e científico, o resultado de um enorme esforço financeiro. A narrativa centra-se numa figura decidida a fazer tudo o que estiver ao seu alcance para conquistrar e, depois, controlar a Lua. O conto, intergrado na sequência de textos através dos quais Heinlein ficcionou a história do futuro, conheceu sequelas com as mesmas personagens. O Homem Que Vendeu a Lua é um dos três contos “lunares” de Robert A. Heinlein que há poucos dias regressou aos escaparates das novidades nas livrarias portuguesas, integrado na antologia Cabeças na Lua, lançada este mês pela Saída de Emergência.