É a mais antiga embaixada na Tailândia e os tailandeses chamam-lhe muitas vezes a “residência de Portugal”. Reconhecendo uma memória de 500 anos de relações entre os dois países, sabem também porque desde há mais de cem anos ocupa um espaço privilegiado numa das zonas mais nobres da cidade de Banguecoque, entre alguns dos melhores hotéis da capital tailandesa.
O magnífico edifício branco, de arquitectura colonial, que hoje mora na margem esquerda do Chao Phraya, tem uma pré-história que remonta à segunda metade do século XVIII e à destruição da antiga capital, em Ayutthaya, pelos birmaneses. Em 1786, no momento em que uma nova capital do Sião (o antigo nome da Tailândia) ganha forma, o rei siamês, agradecendo o esforço militar dos muitos portugueses que tinham combatido ao seu lado, cedeu-lhes uma concessão na margem direita do Chao Praya, onde assim nasce a comunidade de Santa Cruz, bairro cuja origem ainda hoje os habitantes de Banguecoque conhecem. Em 1820, outra mudança, desta vez com a doação de um novo terreno, agora na margem esquerda do rio e para o qual se pensa construir um edifício consular que é projectado em Goa, com materiais, ferramentas e artífices daí enviados por barco para Banguecoque. O navio afundou-se já no golfo da Tailândia. Salvou-se a tripulação, mas com o naufrágio foi-se o projecto original. Começou por levantar-se, provisoriamente, um primeiro edifício de bambu e gesso. Houve atrasos, faltas de verba… E actual embaixada foi finalmente concluída em 1875, sendo hoje frequentemente descrita como a primeira alguma vez aberta na Tailândia. Não o foi por qualquer decisão tomada nesse sentido. Mas depois de terem sido os primeiros ocidentais a visitar a Tailândia (em 1511), os portugueses acabaram por ser também os primeiros a ali estabelecer uma missão diplomática.
O magnífico edifício branco, de arquitectura colonial, que hoje mora na margem esquerda do Chao Phraya, tem uma pré-história que remonta à segunda metade do século XVIII e à destruição da antiga capital, em Ayutthaya, pelos birmaneses. Em 1786, no momento em que uma nova capital do Sião (o antigo nome da Tailândia) ganha forma, o rei siamês, agradecendo o esforço militar dos muitos portugueses que tinham combatido ao seu lado, cedeu-lhes uma concessão na margem direita do Chao Praya, onde assim nasce a comunidade de Santa Cruz, bairro cuja origem ainda hoje os habitantes de Banguecoque conhecem. Em 1820, outra mudança, desta vez com a doação de um novo terreno, agora na margem esquerda do rio e para o qual se pensa construir um edifício consular que é projectado em Goa, com materiais, ferramentas e artífices daí enviados por barco para Banguecoque. O navio afundou-se já no golfo da Tailândia. Salvou-se a tripulação, mas com o naufrágio foi-se o projecto original. Começou por levantar-se, provisoriamente, um primeiro edifício de bambu e gesso. Houve atrasos, faltas de verba… E actual embaixada foi finalmente concluída em 1875, sendo hoje frequentemente descrita como a primeira alguma vez aberta na Tailândia. Não o foi por qualquer decisão tomada nesse sentido. Mas depois de terem sido os primeiros ocidentais a visitar a Tailândia (em 1511), os portugueses acabaram por ser também os primeiros a ali estabelecer uma missão diplomática.