segunda-feira, março 30, 2009

Maurice Jarre (1924 - 2009)

Ganhou três Oscars, todos com música composta para filmes de David Lean: Lawrence da Arábia (1962), Doutor Jivago (1965) e Passagem para a Índia (1984) — o compositor Maurice Jarre faleceu em Los Angeles, vítima de cancro, contava 84 anos.
Francês, nascido em Lyon, a 13 de Setembro de 1924, Jarre foi uma revelação dos anos 50/60, em especial através da música que compôs para filmes de Georges Franju, incluindo La Tête Contre les Murs (1959) e Les Yeux sans Visage (1960). O seu estilo, dado a grandes dissertações romanescas, ainda que alicerçado numa sólida formação clássica, teria a consagração internacional graças a Lawrence da Arábia. A sua personalidade é fundamental na história da reconversão épica do cinema ao longo da década de 60, tendo composto, por exemplo, as partituras de O Dia Mais Longo (1962), de Ken Annakin, Andrew Marton e Bernhard Wicki, O Comboio (1964), de John Frankenheimer, Paris Já Está a Arder? (1966), de René Clément, Os Profissionais (1966), de Richard Brooks, e Grande Prémio (1966), de novo de Frankenheimer.
Numa filmografia de mais de uma centena de títulos, trabalhou, entre outros, com Alfred Hitchcock (Topázio, 1969), Paul Newman (O Efeito dos Raios Gama no Comportamento das Margaridas, 1969), Elia Kazan (O Grande Magnate, 1976), Volker Schlondörff (O Tambor, 1979) e Clint Eastwood (Firefox, 1982). O seu filho, Jean-Michel Jarre, é um nome de referência na música electrónica dos anos 70/80 — o próprio Maurice Jarre integrou instrumentos e efeitos dessa área, tendo composto a sua primeira banda sonora totalmente electrónica para O Ano de Todos os Perigos (1982), de Peter Weir.