Dia emblemático do desporto americano, o domingo da final do Super Bowl (este ano, 1 de Fevereiro) é também um momento alto da temporada publicitária — os anúncios televisivos, pagos a peso de ouro, constituem uma tradição dentro da tradição. Por vezes com algum tempero de polémica, como aconteceu este ano com o spot da PETA, organização para a protecção dos direitos dos animais.Concebido como um pastiche a muitas formas de publicidade a roupa interior feminina, o anúncio da PETA tenta promover a alimentação vegetariana, sugerindo que quem a pratica tem "melhor sexo". A NBC (canal que transmitiu o Super Bowl) recusou a respectiva difusão, a menos que fossem feitos alguns cortes, nomeadamente no "lamber de uma abóbora" ou no "esfregar o peito com espargos". O spot [também aqui disponível], variação muito sóbria sobre os modelos do mais rotineiro "erotismo" publicitário, não foi emitido, deixando uma esclarecedora lição sobre os nossos tempos — assim, é possível promover bebidas alcoólicas ou telemóveis, associando as respectivas marcas às mais diversas performances sexuais... mas vegetarianos, isso não.