>>> Este ano abre-se com sinais de uma mobilização sem precedentes — e não só o ano cinematográfico. Seria difícil encontrar num passado, mesmo relativamente distante, uma tal vaga de inquietudes e revoltas face a um conjunto de fenómenos heterogéneos, mas em que as decisões de política pública desempenham um papel central, por agora terrivelmente destruidor. Trata-se aqui do ensino, do audiovisual público, da liberdade de imprensa, do conjunto de dispositivos de solidariedade colectiva e de apoio à cultura. <<<
São as palavras de abertura de Jean-Michel Frodon no editorial ('Action!') do número de Janeiro dos Cahiers du Cinéma — em discussão estão as questões específicas da acção cultural, em geral, e da valorização da cultura cinematográfica, em particular. Che, de Steven Soderbergh, é o principal tema da capa, numa edição que oferece, entre outros temas, uma reportagem sobre a rodagem de Shutter Island, de Martin Scorsese (pela realizadora argentina Celina Murga), e ainda os tops de 2008. Vale a pena citar os três melhores do ano para os Cahiers:
1- Redacted, de Brian De Palma
2 - Juventude em Marcha, de Pedro Costa
3 - Cloverfield, de Matt Reeves
E para os leitores dos Cahiers:
1 - O Silêncio de Lorna, de Luc e Jean-Pierre Dardenne
2 - Este País Não É para Velhos, de Jole e Ethan Coen
3 - Valsa com Bachir, de Ari Folman
>>> Site oficial dos Cahiers du Cinéma.