terça-feira, novembro 04, 2008

Yma Sumac (1922-2008)

Foi uma das grandes vozes ao serviço da música lounge, com projecção global sobretudo na década de 50. A sua invulgar extensão vocal (que atingia quatro oitavas) e a imagem exótica chamaram atenções e, claro, histórias de fantasia que a chegaram a descrever como uma princesa inca, descendente de Athaualpa... Na verdade pouco se sabe exactamente sobre os primeiros tempos na vida de Yma Sumac (que na verdade se chamava Zoila Augusta del Castillo). Crê-se que tenha nascido em 1922 numa pequena cidade peruana. Usando na essência o registo de soprano, começou por cantar música folk peruana nos anos 40. Trabalhou na rádio e gravou primeiros discos na Argentina. Em 1946 muda-se para os Estados Unidos, passando a actuar regularmente em Nova Iorque. Em 1950 adopta o nome de palco Yma Sumac e enceta nova etapa numa carreira que vinca uma personalidade musical invulgar e lhe traz o sucesso. Grava discos como Inca Taqui (1953), Mambo! (1954) ou Legend of the Jivaro (1957), nos quais regista versões com travo lounge de temas sul-americanos, actua na Broadway e chega a passar pelo cinema. Dedica os anos 60 mais aos palcos que aos discos, mas perde visibilidade nos 70. O surto de interesse pelo lounge nos anos 90 recupera alguns dos seus discos. E a sua música regressa à banda sonora de filmes, entre os quais O Grande Lebowski, dos irmãos Coen. Yma Sumac, tinha 86 anos e vivia em Los Angeles.


Imagens de Yma Sumac em Chuncho (Forest Creatures), um dos seus clássicos no qual é notória a invulgar extensão da sua voz. O tema surgiu em 1953 no álbum Inca Taqui.