Salvo erro, estes cartazes de W., de Oliver Stone, não chegaram ao mercado português. Constituem um magnífico exercício de ironia iconográfica, afinal sublinhando a dimensão bíblica (anjos, demónios e sua dramática coexistência) da personagem e, mais do que isso, o modo como as respectivas ambivalências ecoam no trabalho narrativo de Stone. E porque é altura de insistir na complexidade — visual, dramática, temática, política e simbólica — desse trabalho, sugiro a revisão de uma cena de Nixon (1995), com Anthony Hopkins. Aqui, Stone encena um momento particularmente tenso na Casa Branca, com Richard Nixon a revoltar-se contra a imprensa, a família Kennedy e, em última instância, confrontando Henry Kissinger com as possíveis implicações do caso Watergate.