No campo do cinema, que relações de trabalho existem entre distribuição/exibição e imprensa? Mais concretamente: como é possível informar e fazer opinião sobre os filmes que (não) são mostrados? Este texto foi publicado no Diário de Notícias (26 Abril) com o título 'Trabalhar os filmes'.
O espectador comum não se aperceberá, mas o trabalho de divulgação e opinião sobre os filmes que vão estreando é cada vez mais difícil. Não se trata de discutir a competência ou a dedicação das pessoas que fazem o marketing da distribuição/exibição. Trata-se, isso sim, de questionar o facto de os filmes serem mostrados à imprensa cada vez com menos antecedência em relação às datas das respectivas estreias (isto para já não falarmos das frequentes alterações dessas datas).
Não estão em jogo estados de alma. Nem se discute a boa vontade seja de quem for. O que importa reconhecer é que a circulação de informação (e, em particular, o acesso aos filmes em tempo útil) é um valor básico de trabalho e, salvo melhor opinião, interessante para todas as partes envolvidas. Daí a pergunta: qual o conceito de trabalho que distribuidores e exibidores têm sobre as suas relações com a imprensa? Tendo em conta as muitas mudanças (internacionais) que o mercado está a sofrer, esta é uma pergunta ainda mais pertinente. Vale a pena repeti-la de forma serena e construtiva.
O espectador comum não se aperceberá, mas o trabalho de divulgação e opinião sobre os filmes que vão estreando é cada vez mais difícil. Não se trata de discutir a competência ou a dedicação das pessoas que fazem o marketing da distribuição/exibição. Trata-se, isso sim, de questionar o facto de os filmes serem mostrados à imprensa cada vez com menos antecedência em relação às datas das respectivas estreias (isto para já não falarmos das frequentes alterações dessas datas).
Não estão em jogo estados de alma. Nem se discute a boa vontade seja de quem for. O que importa reconhecer é que a circulação de informação (e, em particular, o acesso aos filmes em tempo útil) é um valor básico de trabalho e, salvo melhor opinião, interessante para todas as partes envolvidas. Daí a pergunta: qual o conceito de trabalho que distribuidores e exibidores têm sobre as suas relações com a imprensa? Tendo em conta as muitas mudanças (internacionais) que o mercado está a sofrer, esta é uma pergunta ainda mais pertinente. Vale a pena repeti-la de forma serena e construtiva.