Pertencem, por certo, ao rol de maravilhas (ainda) pouco conhecidas da música europeia: os Beady Belle são um trio norueguês — Beate S. Lech (vocalista e compositora), Marius Reksjø (baixo, progra-mação) e Erik Holm (bateria) — e praticam um jazz-quase-pop, de serenos contrastes e imaculada elegância, que continua a surpreender pela sua paciente distância em relação a "tendências" do momento ou "modas" mais ou menos gratificantes.
Ainda há pouco tempo aqui referimos Closer, o seu magnífico terceiro álbum (de facto, datado de 2005). Surge agora o nº 4, intitulado Belvedere, sempre com a chancela dessa exemplar editora que é a Jazzland. Além do mais, os Beady Belle mostram como são capazes de evoluir através da integração de algumas inusitadas sonoridades (das ambiências herdadas do acid jazz às discretas camadas electrónicas, passando por uns requebros de... blue-grass) e também de sofisticadas colaborações, incluindo as vozes de India Arie e Jamie Cullum, cada um deles presente num dos nove temas do álbum.