Bananaz?... Basta ler o título do filme para saber do que se trata. Bananaz, apresentado na secção Panorama da 58ª Berlinale, não é mais que o documentário que pretende, com princípio, meio e fim (e por esta ordem), narrar a história do projecto Gorillaz. Realizado por Cery Levy, o filme mostra, sem filtros, o mundo criativo em volta do projecto, das ideias iniciais de música e desenhos, ou seja, do ponto de partida entre Damon Albarn e Jamie Hewlett à digressão de fim de ciclo que levou a um patamar nunca antes visto uma ideia de concerto feito de músicos de carne e osso e personagens criadas a partir de um conceito de animação. A história em si é interessante e o documentário revela sobretudo os bastidores informais de um processo criativo que resultou numa das mais interessantes experiências pop da corrente década. Todavia, falta a Bananaz uma ideia de cinema. A narrativa, o encadear de entrevistas, de imagens de viagem, de entrevistas, de bastidores, de hotéis, de estúdio, de concertos, segue uma lógica linear, muito semelhante ao que é habitual nos documentários que habitualmente encontramos nos extras de tantos DVDs musicais... Há cenas hilariantes, muitas delas protagonizadas por Damon Albarn. Mas esta pouco ágil ideia de cinema estranha-se, sobretudo, num filme sobre uma das aventuras pop visualmente mais estimulantes dos últimos anos. É certo que estamos perante o documento e não o objecto em si. Mas a música e a iconografia dos Gorillaz merecia melhor.
segunda-feira, fevereiro 18, 2008
BOLA DE BERLIM - 6
Recheio de banana
Bananaz?... Basta ler o título do filme para saber do que se trata. Bananaz, apresentado na secção Panorama da 58ª Berlinale, não é mais que o documentário que pretende, com princípio, meio e fim (e por esta ordem), narrar a história do projecto Gorillaz. Realizado por Cery Levy, o filme mostra, sem filtros, o mundo criativo em volta do projecto, das ideias iniciais de música e desenhos, ou seja, do ponto de partida entre Damon Albarn e Jamie Hewlett à digressão de fim de ciclo que levou a um patamar nunca antes visto uma ideia de concerto feito de músicos de carne e osso e personagens criadas a partir de um conceito de animação. A história em si é interessante e o documentário revela sobretudo os bastidores informais de um processo criativo que resultou numa das mais interessantes experiências pop da corrente década. Todavia, falta a Bananaz uma ideia de cinema. A narrativa, o encadear de entrevistas, de imagens de viagem, de entrevistas, de bastidores, de hotéis, de estúdio, de concertos, segue uma lógica linear, muito semelhante ao que é habitual nos documentários que habitualmente encontramos nos extras de tantos DVDs musicais... Há cenas hilariantes, muitas delas protagonizadas por Damon Albarn. Mas esta pouco ágil ideia de cinema estranha-se, sobretudo, num filme sobre uma das aventuras pop visualmente mais estimulantes dos últimos anos. É certo que estamos perante o documento e não o objecto em si. Mas a música e a iconografia dos Gorillaz merecia melhor.