Há poucas semanas, Jean-Luc Godard foi entrevistado por Olivier Bombarda e Julian Welter para o canal franco-alemão Arte. Aconteceu a 27 de Novembro, poucos dias antes do Prémio de Carreira que a Academia Europeia de Cinema lhe atribuiu (1 de Dezembro), distinção que Godard reconhece como algo que deve agradecer (merci), logo a seguir considerando que não faria sentido estar presente na cerimónia (non merci). São perguntas e respostas, dúvidas certas e verdades incertas, ditas e discutidas por um homem que continua a reconhecer-se na Política dos Autores dos tempos heróicos dos Cahiers du Cinéma, embora considere que houve um erro dos seus herdeiros: o de colocarem a ênfase na noção de autor, quando o mais importante era a política.
Agora, é possível ver e ouvir esta admirável entrevista no site do Arte, numa página dedicada ao cinema europeu — são 67 minutos dessa singular pedagogia que parte das noções seguras para redescobrir as paisagens inseguras do mundo e do nosso pensamento sobre o mundo. Exemplo: porquê dizer "alta definição"? "Definição" não basta? Se dizemos que Ingres é "alta definição", então Van Gogh será "baixa definição"?
Como rima possível, eis uma brevíssima obra-prima (2m 14 s) sobre as imagens, os seus poderes e os nossos olhares — Je Vous Salue, Sarajevo, realizado por Godard em 1993.
Agora, é possível ver e ouvir esta admirável entrevista no site do Arte, numa página dedicada ao cinema europeu — são 67 minutos dessa singular pedagogia que parte das noções seguras para redescobrir as paisagens inseguras do mundo e do nosso pensamento sobre o mundo. Exemplo: porquê dizer "alta definição"? "Definição" não basta? Se dizemos que Ingres é "alta definição", então Van Gogh será "baixa definição"?
Como rima possível, eis uma brevíssima obra-prima (2m 14 s) sobre as imagens, os seus poderes e os nossos olhares — Je Vous Salue, Sarajevo, realizado por Godard em 1993.