(1907-1988)
Um dos mais destacados e importantes autores de ficção científica de “linha dura”, elevou consideravelmente a fasquia da plausibilidade factual e científica nestes domínios da ficção, tendo igualmente contribuído enormemente para a sua valorização literária.
Robert Anson Heinlein nasceu em Butler (Missouri, EUA) a 7 de Julho de 1907 e seguiu uma carreira militar na armada, até ser afastado por razões de saúde. Da vida militar colheu ideais de lealdade e liderança, que projectaria mais tarde na sua obra escrita. Estudou então matemática e física, sonhou numa carreira política (no Partido Democrático), mas sem sucesso. Trabalhou em imobiliárias, em minas, mas encontrou rumo quando, em 1939, publicou a sua primeira ficção na revista Astounding Science Fiction. A guerra devolveu-o ao serviço militar, trabalhando então numa base naval na qual trabalhou com o jovem recruta Isaac Asimov. As explosões de Hiroxima e Nagasaki e, mais tarde, a Guerra Fria, desviaram-no definitivamente para a escrita, em ficções nas quais procurou reflectir sobre as suas visões políticas (que variaram ao longo dos tempos). Teve sucesso, revelando-se o primeiro escritor de ficção científica a conseguir publicar regularmente em revistas mainstream e também o primeiro a conseguir fazer de um romance do género um best seller na idade das grandes tiragens.
Controversa, a obra de Heinlein abordou essencialmente temáticas sociais, do individualismo aos domínios da fé, a liberdade sexual, as contraculturas, as diversas noções de família, a exclusão, e na sua vida privada, tentou ser fiel aos ideias e visões que lançava na ficção.
O seu célebre romance de 1959 Starship Troopers foi vilipendiado por alguns detractores seus como sendo fascista, confusão feita com o rigor da visão militarista de um texto nascido como resposta à decisão unilateral dos americanos em abandonar testes nucleares. Apesar da educação militar, Heinlein questionou a ideia de autoridade (Rocket Ship Galileo ou The Moon Is A Harsh Mistress). E frequentemente deixou claro que não aceitava ingerências da religião no estado nem acreditava no comunismo como modelo de sociedade ideal (apesar de ter abertamente criticado McCarthy em 1954).
Controversa, a obra de Heinlein abordou essencialmente temáticas sociais, do individualismo aos domínios da fé, a liberdade sexual, as contraculturas, as diversas noções de família, a exclusão, e na sua vida privada, tentou ser fiel aos ideias e visões que lançava na ficção.
O seu célebre romance de 1959 Starship Troopers foi vilipendiado por alguns detractores seus como sendo fascista, confusão feita com o rigor da visão militarista de um texto nascido como resposta à decisão unilateral dos americanos em abandonar testes nucleares. Apesar da educação militar, Heinlein questionou a ideia de autoridade (Rocket Ship Galileo ou The Moon Is A Harsh Mistress). E frequentemente deixou claro que não aceitava ingerências da religião no estado nem acreditava no comunismo como modelo de sociedade ideal (apesar de ter abertamente criticado McCarthy em 1954).