Faz hoje 40 anos o álbum que colocou definitivamente no mapa os Pink Floyd. A banda, que desde 1966 ganhara visibilidade através de concertos visionários no londrino UFO Club e que se estreara já em 1967 com os singles Arnlod Layne e See Emily Play (produzidos por Joe Boyd) registou no seu álbum de estreia um conjunto espantoso de canções que dele hoje fazem não só um dos paradigmas de referência do psicadelismo, como um dos melhores discos de sempre. Reflexo directo da criatividade de Syd Barrett é um disco de desafio à forma da canção e consegue “arrumar” muitas das ideias que haviam experimentado em concertos que fizeram história entre 1966 e 67. The Piper At The Gates Of Dawn foi curiosamente gravado, em Abbey Road, ao mesmo tempo que o Sgt. Pepper’s dos Beatles. E, como Nick Mason lembra na sua biografia, chegaram a ser chamados no momento nem que os fab four gravavam Lovey Rita. São, todavia, álbums completamente diferentes. Aqui abundam as referências pastorais, assim como são mais evidentes que nos Beatles as marcas da cultura psicadélica (de que este disco é uma das melhores bandas sonoras). Ao longo dos próximos dias aqui vamos homenagear este disco dos Pink Floyd, recuperando canções-chave da sua obra em 1967. Começamos com The Gnome: