Somos verdes
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Mediatizada, a coisa verde agora parece que é condição necessária (e, para muitos, suficiente) para qualquer coisa existir com uma certa dignidade. Agora todos somos verdes. Não apenas o Shrek, portanto.
A Rolling Stone, a mais política das revistas sobre cultura pop, vai ser verde. Ou seja, vai publicar a sua edição de dia 28 num tipo de papel cujo fabrico tem impacte menos agressivo sobre o ambiente (nada contra, antes pelo contrário)... Não se trata de papel reciclado, como alguns chegaram a noticiar... Mas lá terá Al Gore como entrevistado na edição... erm... verde.
Entretanto, à Billboard, Jack Johnson diz que vai reformular o seu estúdio para o fazer mais amigo do ambiente. E, claro, anuncia logo que vai gravar novo álbum, com o produtor não sei quantos...
O verde pop chega entretanto aos festivais. O Oeiras Alive, que musicalmente mostrou como uma bela programação pode ser versátil e apelativa em várias frentes, tinha supostamente uma mensagem... verde. Os promotores chegaram a chamar a atenção para a coisa, mas como nos mundos melhores que outros apregoam à pala de rock em Lisboa, parece que foi mais coisa para jornal ler que para o público presente reflectir.
PS. E quantos mais festivais de 2007 serão... verdes?