Janis Joplin esteve lá — a 16 de Junho de 1967 iniciava-se o
Monterey International Pop Festival, acontecimento que acabou por simbolizar o
Summer of Love, essa singularíssima conjuntura que, na região de São Francisco, impulsionou uma vivência global, fortemente marcada pelo
movimento hippie, em que a música funcionou como catalizador de muitas transformações: das relações humanas, da ética dessas relações e também da sua articulação com os domínios específicos da política.
Muitas vezes citado como o acontecimentou que antecipou e, de algum modo, moldou as condições para a realização de
Woodstock (15/18 Agosto 1969), o Festival de Monterey foi uma festa de três dias (16 a 18) que acabou por funcionar também como montra de muitos nomes, já conhecidos ou ainda em fase de revelação, da pop da época. No dia 16, por exemplo, tocaram The Animals e Simon and Garfunkel; no dia seguinte, surgiram entre outros Big Brother & The Holding Company, integrando Janis Joplin, Country Joe & The Fish, Steve Miller Band, The Byrds, Jefferson Airplane e Otis Redding; no fecho, além do regresso de Big Brother & The Holding Company, estiveram presentes Ravi Shankar, The Who, Grateful Dead, The Jimi Hendrix Experience, Scott McKenzie e The Mamas & The Papas. No mesmo local em que decorreu o festival, a cidade de
Monterey programou vários concertos comemorativos, a decorrer nos dias 28 e 29 de Julho, recuperando algumas das bandas que estiveram em palco há 40 anos, nomeadamente Quicksilver Messenger Service, The Electric Flag e os herdeiros dos Jefferson Airplane, Jefferson Starship.
O Festival de Monterey está registado naquele que é um dos clássicos de referência dos documentários musicais. Foi o cineasta americano D. A. Pennebaker que acompanhou o acontecimento, dando origem a
Monterey Pop (1968), filme que confirmou a originalidade da sua relação com os universos da música popular, uma vez que um ano antes lançara o admirável
Don't Look Back, sobre a célebre digressão britânica de Bob Dylan, em 1965.
Monterey Pop foi recentemente recuperado pela Criterion Collection, existindo numa excelente edição em
DVD que, além da versão restaurada do filme, inclui entrevistas com o realizador e o produtor Lou Adler e ainda um
porfolio da fotógrafa
Elaine Mayes — esta é uma das suas imagens obtidas durante o festival: nela vemos Brian Jones que, apesar dos Rolling Stones não terem participado, esteve em Monterey e apresentou Jimi Hendrix.
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Janis Joplin esteve lá — a 16 de Junho de 1967 iniciava-se o Monterey International Pop Festival, acontecimento que acabou por simbolizar o Summer of Love, essa singularíssima conjuntura que, na região de São Francisco, impulsionou uma vivência global, fortemente marcada pelo movimento hippie, em que a música funcionou como catalizador de muitas transformações: das relações humanas, da ética dessas relações e também da sua articulação com os domínios específicos da política.
Muitas vezes citado como o acontecimentou que antecipou e, de algum modo, moldou as condições para a realização de Woodstock (15/18 Agosto 1969), o Festival de Monterey foi uma festa de três dias (16 a 18) que acabou por funcionar também como montra de muitos nomes, já conhecidos ou ainda em fase de revelação, da pop da época. No dia 16, por exemplo, tocaram The Animals e Simon and Garfunkel; no dia seguinte, surgiram entre outros Big Brother & The Holding Company, integrando Janis Joplin, Country Joe & The Fish, Steve Miller Band, The Byrds, Jefferson Airplane e Otis Redding; no fecho, além do regresso de Big Brother & The Holding Company, estiveram presentes Ravi Shankar, The Who, Grateful Dead, The Jimi Hendrix Experience, Scott McKenzie e The Mamas & The Papas. No mesmo local em que decorreu o festival, a cidade de Monterey programou vários concertos comemorativos, a decorrer nos dias 28 e 29 de Julho, recuperando algumas das bandas que estiveram em palco há 40 anos, nomeadamente Quicksilver Messenger Service, The Electric Flag e os herdeiros dos Jefferson Airplane, Jefferson Starship.
O Festival de Monterey está registado naquele que é um dos clássicos de referência dos documentários musicais. Foi o cineasta americano D. A. Pennebaker que acompanhou o acontecimento, dando origem a Monterey Pop (1968), filme que confirmou a originalidade da sua relação com os universos da música popular, uma vez que um ano antes lançara o admirável Don't Look Back, sobre a célebre digressão britânica de Bob Dylan, em 1965. Monterey Pop foi recentemente recuperado pela Criterion Collection, existindo numa excelente edição em DVD que, além da versão restaurada do filme, inclui entrevistas com o realizador e o produtor Lou Adler e ainda um porfolio da fotógrafa Elaine Mayes — esta é uma das suas imagens obtidas durante o festival: nela vemos Brian Jones que, apesar dos Rolling Stones não terem participado, esteve em Monterey e apresentou Jimi Hendrix.