Com a morte de Jack Valenti (a 26 de Abril), desaparece uma das per-sonalidades mais influentes — e, por isso mesmo, também mais polé-micas — na reconfiguração do cinema clássico de Hollywood e, por con-sequência, na criação das condições económicas e culturais que trans-formaram a indústria audiovisual ame-ricana numa força global. O seu trabalho como presidente da Motion Picture Association of America (MPAA), cargo de que tomou posse em 1966, ficou marcado por algumas decisões históricas: primeiro, a criação do sistema de classificação etária da MPAA, em 1968, numa lógica de "auto-regulação" para além da intervenção normativa do Estado; depois, a implementação de um revolucionário sistema de distribuição/exibição, decorrente da nova idade dos blockbusters (cujo início simbólico se pode situar em 1975, com o filme Tubarão, de Steven Spielberg); enfim, o combate à pirataria na era digital, desenvolvido no interior do mercado americano, mas também, inclusivé pela via diplomática, nos mercados estrangeiros (nomeadamente no continente asiático).
Curiosamente, Jack Valenti começou por se afirmar na política, assumindo o estatuto de conselheiro especial do Presidente Lyndon Johnson, depois do assassinato de John Kennedy, em 1963 (Valenti figura na célebre fotografia de Johnson, ao lado de Jacqueline Kennedy, tomando posse do cargo, a bordo do Air Force One). Presidiu à MPAA até Agosto de 2004, altura em que se retirou com 82 anos. Spielberg foi uma das primeiras personalidades a reagir à notícia da sua morte, chamando-lhe "o maior embaixador que Hollywood já conheceu".
Curiosamente, Jack Valenti começou por se afirmar na política, assumindo o estatuto de conselheiro especial do Presidente Lyndon Johnson, depois do assassinato de John Kennedy, em 1963 (Valenti figura na célebre fotografia de Johnson, ao lado de Jacqueline Kennedy, tomando posse do cargo, a bordo do Air Force One). Presidiu à MPAA até Agosto de 2004, altura em que se retirou com 82 anos. Spielberg foi uma das primeiras personalidades a reagir à notícia da sua morte, chamando-lhe "o maior embaixador que Hollywood já conheceu".