... E Steve Jobs disse: "Hoje, a Apple está a reinventar o telefone." E para que não restassem dúvidas sobre o seu empenho e convicção, acrescentou: "Isto é uma revolução de primeira ordem." Podemos discutir a contundência das palavras do homem forte da Apple, mas uma coisa é certa: ele tem boas razões para arriscar um discurso tão radical. De facto, o lançamento do iPhone surge como uma aposta que pode transfigurar muitas das formas de comunicação entre as pessoas e, em particular, os modos de acesso de cada uma delas à informação e ao entertainment.O iPhone poderá ser definido pela equação "iPod + Phone", ou seja, uma combinação revolucionária de leitor de música, telemóvel, câmara fotográfica e computador de bolso que, na prática, vai permitir ter no mesmo objecto um mini-ecrã de televisão e muitas das potencialidades do nosso computador caseiro ou do emprego. Pouco mais de seis anos passados sobre o lançamento do iPod, a Apple propõe um objecto que integra as suas características e as expande de forma espectacular. Na prática, Jobs redefine a relação do indivíduo com os gadgets informáticos, relançando-a muito para além do mero consumo da música e, ao mesmo tempo, voltando a confrontar o rival Microsoft com um imenso desafio científico e comercial. Aliás, convém lembrar que Bill Gates, patrão da Microsoft, anunciou também recentemente uma série de inovações, nomeadamente para o sistema Windows, visando diversificar o consumo individual, expandido a sua sofisticação técnica e também as suas hipóteses práticas.
O iPhone apresenta as medidas 115 × 61 × 11.6 mm, pesando 135 gramas. A Apple espera iniciar a sua comercialização no próximo mês de Junho.