Começamos hoje a revisitar as escolhas dos ano, em listas. Primeiro a música, em tabelas separadas para música portuguesa e a que veio de fora de portas:
NG:
Naqueles que foram os piores 12 meses de oferta em música portuguesa nos últimos 25 anos, o destaque, como em 2005, para as propostas do jazz de produção nacional. A Sassetti, Bica e Laginha podemos ainda juntar bons discos de Carlos Martins e Laurent Filipe. Sérgio Godinho lançou um dos seus melhores discos dos últimos 15 anos. Balla foi o melhor que se ouviu na pop. Os Dead Combo deram-nos o mais exportável dos discos do ano. Buraka Som Sistema foram o fenómeno, contudo ainda por provar está se saberão ser mais que o que já nos mostraram.
1º Bernardo Sassetti "Unreal - Sidewalk Cartoon"
2º Sérgio Godinho "Ligação Directa"
3º Sam The Kid "Pratic(mente)"
4º Dead Combo "Vol 2. Quando A Alma Não É Pequena"
5º Balla "A Grande Mentira"
6º Carlos Bica "Believer"
7º Double D Force "Enforce The Funk"
8º Mário Laginha "Canções e Fugas"
9º Buraka Som Sistema "From Buraka To The World"
10º Spartak "SpartakOne!"
Internacional
Foi o ano dos TV On The Radio, da sua visão híbrida de rock feito da assimilação de ideias colhidas noutras pistas, muitas delas escutadas na área da chamada "música de dança", com colaborações de Bowie e Massive Attack. Foi também o ano da edição local em jeito mais-vale-tarde-que-nunca dos Clap Your Hands Say Yeah, Faris Nourallah e Richard Swift. Da revelação das Cansei de Ser Sexy, Beirut e The Good The Bad and The Queen. De regressos em grande forma de Tom Verlaine, Lisa Germano, Bob Dylan, Sonic Youth, Marisa Monte e Little Annie. De suecos em alta (I'm From Barcelona, The Knife, Envelopes, The Sounds, para citar apenas alguns). E de electrónica de primeira (além dos The Knife, excelentes discis de Lindstrom, Kelley Polar, Juniore Boys, Hot Chip e Post Industrial Boys). Farta e boa oferta. O contrário do que aconteceu por estes lados, portanto...
1º TV On The Radio "Return To Cookie Mountain"
2º Clap Your Hands Say Yeah "Clap Your Hands Say Yeah"
3º Sonic Youth "Rather Ripped"
4º Final Fantasy "He Poos Clouds"
5º Lisa Germano "In The Maybe World"
6º Tom Verlaine "Songs And Other Things"
7º The Knife "Silent Shout"
8º Richard Swift "The Richard Swift Collection - Vol 1"
9º Lindstrom "It's A Feedelity Affair"
10º Kelley Polar "Love Songs Of The Hanging Garden"
1º Bernardo Sassetti "Unreal - Sidewalk Cartoon"
2º Sérgio Godinho "Ligação Directa"
3º Sam The Kid "Pratic(mente)"
4º Dead Combo "Vol 2. Quando A Alma Não É Pequena"
5º Balla "A Grande Mentira"
6º Carlos Bica "Believer"
7º Double D Force "Enforce The Funk"
8º Mário Laginha "Canções e Fugas"
9º Buraka Som Sistema "From Buraka To The World"
10º Spartak "SpartakOne!"
Internacional
Foi o ano dos TV On The Radio, da sua visão híbrida de rock feito da assimilação de ideias colhidas noutras pistas, muitas delas escutadas na área da chamada "música de dança", com colaborações de Bowie e Massive Attack. Foi também o ano da edição local em jeito mais-vale-tarde-que-nunca dos Clap Your Hands Say Yeah, Faris Nourallah e Richard Swift. Da revelação das Cansei de Ser Sexy, Beirut e The Good The Bad and The Queen. De regressos em grande forma de Tom Verlaine, Lisa Germano, Bob Dylan, Sonic Youth, Marisa Monte e Little Annie. De suecos em alta (I'm From Barcelona, The Knife, Envelopes, The Sounds, para citar apenas alguns). E de electrónica de primeira (além dos The Knife, excelentes discis de Lindstrom, Kelley Polar, Juniore Boys, Hot Chip e Post Industrial Boys). Farta e boa oferta. O contrário do que aconteceu por estes lados, portanto...
1º TV On The Radio "Return To Cookie Mountain"
2º Clap Your Hands Say Yeah "Clap Your Hands Say Yeah"
3º Sonic Youth "Rather Ripped"
4º Final Fantasy "He Poos Clouds"
5º Lisa Germano "In The Maybe World"
6º Tom Verlaine "Songs And Other Things"
7º The Knife "Silent Shout"
8º Richard Swift "The Richard Swift Collection - Vol 1"
9º Lindstrom "It's A Feedelity Affair"
10º Kelley Polar "Love Songs Of The Hanging Garden"
JL:
Nacional
A avalancha de novos fadistas dos últimos anos está a entrar na fase esclarecedora em que, depois da "moda", prevalece o carácter genuíno das melhores inovações — sobretudo parece que já se criou um espaço seguro para além das "modernizações" para turista ver... No fado, o mais futurista está sempre no passado. Entretanto, o fenómeno Humanos marcou, em segundo ano consecutivo, a actualidade da música portuguesa — ainda bem: é sinal de que pode haver projectos em que a dimensão criativa e a estratégia de mercado não se excluem nem se limitam uma à outra. Para não variar, importa lembrar (e lamentar) o óbvio e obsceno alheamento que, com pouquíssimas excepções, as televisões generalistas mostram pela produção portuguesa. E aí, mais do que nunca, importa dizê-lo com todas as letras: a transmissão de concertos (portugueses ou não) à uma ou duas horas da manhã é um reflexo inequívoco desse mesmo alheamento.
1º Aldina Duarte "Crua"
2º Sam the Kid "Pratica(mente)"
3º Gaiteiros de Lisboa "Sátiro"
4º Cindy Kat "Cindy Kat"
5º Bernardo Sassetti "Unreal: Sidewalk Cartoon"
6º António Variações "Entre Braga e Nova Iorque"
7º Humanos "Humanos ao Vivo"
8º The Gift "Fácil de Entender"
9º Pedro Moutinho "Encontro"
10º Buraka Som Sistema "From Buraka to the World"
1º Aldina Duarte "Crua"
2º Sam the Kid "Pratica(mente)"
3º Gaiteiros de Lisboa "Sátiro"
4º Cindy Kat "Cindy Kat"
5º Bernardo Sassetti "Unreal: Sidewalk Cartoon"
6º António Variações "Entre Braga e Nova Iorque"
7º Humanos "Humanos ao Vivo"
8º The Gift "Fácil de Entender"
9º Pedro Moutinho "Encontro"
10º Buraka Som Sistema "From Buraka to the World"
Internacional
Impulso conservador, sem dúvida: releio os títulos desta selecção pessoal — pensando também noutros magníficos trabalhos que ficaram de fora: Wise in Time, Richard Swift, Lisa Germano, Tom Waits, Marisa Monte, etc. — e não posso deixar de sublinhar que, para além das muitas diferenças que os distinguem, todos eles se mantêm fiéis a um conceito "antigo" de álbum, em contraste com a histeria consumista dos downloads de alguns temas isolados (o que não exclui o reconhecimento de que, nesse campo, o negócio da música na Net nos trouxe, em 2006, novidades muito positivas). Entre as muitas ausências, não queria omitir o fabuloso álbum duplo It Ain't Necessary So, que recolhe as gravações do violinista Jascha Heifetz (1901-1987) feitas no período 1944-46, para a etiqueta Decca: com uma mão nos clássicos e outra no jazz, é um belo exemplo de uma genuína transversalidade, infinitamente superior a algumas "modernices" dos nossos belos tempos musicais.
1º Fiona Apple "Extraordinary Machine"
2º Bob Dylan "Modern Times"
3º PJ Harvey "The Peel Sessions"
4º Anne Sofie von Otter "I Let the Music Speak"
5º Pet Shop Boys "Concrete"
6º Beck "The Information"
7º The Strokes "First Impressions of Earth"
8º The Raconteurs "Broken Boy Soldiers"
9º Sonic Youth "Rather Ripped"
10º Scott Walker "The Drift"
MAIL
1º Fiona Apple "Extraordinary Machine"
2º Bob Dylan "Modern Times"
3º PJ Harvey "The Peel Sessions"
4º Anne Sofie von Otter "I Let the Music Speak"
5º Pet Shop Boys "Concrete"
6º Beck "The Information"
7º The Strokes "First Impressions of Earth"
8º The Raconteurs "Broken Boy Soldiers"
9º Sonic Youth "Rather Ripped"
10º Scott Walker "The Drift"