Lou Reed vai, finalmente, tocar ao vivo o álbum que nunca levou ao palco. Berlin (talvez o seu melhor disco a solo de sempre), sucedeu-se em 1973 ao determinante Transformer, mergulhando as suas canções em imagens de desolação interior em volta da ideia de um romance condenado entre dois boémios quimicamente alterados, molduras sumptuosas depois promovidas por arranjos fartos em som (e uma invulgar variedade de instrumentos) e uma produção capaz de segurar um edifício monumental (num dos melhores trabalhos de sempre de Bob Ezrin). A Berlin chama-se, frequentemente, o “álbum mais depressivo de sempre”… Este é o disco que, na integra, Lou Reed vai apresentar no St Ann’s Warehouse, em Nova Iorque, entre 14 e 17 de Dezembro. Entre os músicos em palco, Lou Reed terá por convidado Antony Hegarty (Antony And The Johsons)…
Este é já o segundo grande concerto “exclusivo” (ou seja, para já sem sinais de exportação a outras cidades e países) que Nova Iorque acolhe este ano, o primeiro tendo sido o que, em Junho, Rufus Wainwright levou ao Carnegie Hall, exclusivamente composto de canções ali mesmo apresentadas por Judy Garland em 1961. Discos (e DVDs) ao vivo de ambos os momentos não seriam má ideia…
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