
Os resultados são necessariamente desiguais. Do meu ponto de vista, o episódio de Spike Lee, sobre uma filha de um pai e uma mãe que se drogam e são seropositivos, destaca-se claramente dos restantes: o cineasta de A Última Hora volta a provar por que é um dos grandes e mais inventivos realistas do moderno cinema americano. Vale a pena destacar ainda a história de Kusturica, sobre um miúdo educado para roubar, contada em delirante tom burlesco, e a fábula de John Woo, construída a partir da trajectória de uma boneca que circula entre uma menina rica e uma menina pobre. Seja como for, o projecto vale, globalmente, por uma atitude fundamental: a de lutar contra as representações mais estereotipadas das crianças, procurando fugir ao esquematismo ideológico e à piedade fácil.
A estreia portuguesa de Crianças Invisíveis surge com a chancela de:
— UNICEF
— World Food Programme
— Amnistia Internacional Portugal
— Pobreza Zero