A Radar faz hoje, nos Discos Voadores, a estreia oficial do primeiro EP de um nova banda portuguesa. Chamam-se Spartak, e cruzam uma infinidade de referências pop em volta de uma atitude tranquila e quase informal, onde um gosto lo-fi é sugerido (tendo a produção arrumado, por vezes, a casa em demasia, sobretudo numa gestão menos entusiamante dos sons de guitarra). No texto de apresentação no seu site explicam que na sua raiz estão canções construídas num teclado para crianças, juntando acordes “mega lo-fi” a batidas “sub-pimba/krautrock”… O humor traduz parte da verdade, mas a boa caldeirada de referências convocadas (das musicais às temáticas) assegura um travo gourmet. Os Spartak são cinco músicos (Márcio Rainho, Tiago Matos, Ricardo Almeida, Carlos Sousa e Wagner Fernandes, se bem que um deles entretanto afastado), e vêm de Alcobaça. O EP, que terá em breve edição, foi produzido por Ricardo Coelho (dos Loto) e masterizado por Angel Lujan, em Madrid. São cinco canções pop, cada qual apontando um destino diferente, todas elas à escuta no site oficial da banda. A primeira apreciação é positiva, mostrando as canções uma base de sustentação pop interessante e capaz de traduzir vivências musicais que se imaginam recheadas de bons discos escutados. Os problemas maiores parecem residir na produção, a pedir ocasionalmente menos luz, ou seja, pontual "sujidade". A canção Monsters, pede também alguma revisão (ou mesmo passagem directa para o baú do esquecimento), tantas que são as afinidades, sobretudo nas linhas vocais, com a memória dos Smashing Pumpkins (pois... a rever, sim senhor!).
Aos Spartak resta agora decidir como avançar com uma edição em loja (que não deverá acontecer antes de Abril) e começar a pensar em agendar primeiros espectáculos para dar corpo a este som. Promete…
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