... E Munique obteve cinco-nomeações-cinco para os Oscars referentes à produção de 2005, incluindo melhor filme e melhor realização. Quer isto dizer que o filme de Steven Spielberg sobre os atentados terroristas dos Jogos Olímpicos de 1972 resistiu aos muitos ataques contra ele dirigidos dentro dos EUA, superando inclusivamente o aparente pessimismo comercial do mercado americano que, na última semana, o retirou de mais de 400 salas (o que, certamente, agora será corrigido). Como se esperava, Brokeback Mountain, de Ang Lee, foi o mais citado, com um total de oito nomeações, incluindo melhor filme, melhor realizador, melhor actor (Heath Ledger) e melhor actor secundário (Jake Gyllenhaal) — a subtil revisão melodramática da mitologia dos "cowboys"é, até agora, o filme mais premiado e o candidato mais óbvio à distinção máxima.
Olhando para a lista oficial das nomeações Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, talvez o mais surpreendente seja o facto de, entre os cinco candidatos a melhor filme, apenas um (Munique, precisamente) ser um produto directo dos grandes estúdios. Todos os outros — incluindo ainda Capote, de Bennett Miller, Colisão, de Paul Haggis, e Good Night, and Good Luck., de George Clooney — são provenientes de pequenos estúdios e foram gerados na área tradicionalmente classificada como independente. O caso de Capote, através do qual Philip Seymour Hoffman (no papel do escritor Truman Capote) se perfila como o vencedor "antecipado" do Oscar de melhor actor, é tanto mais surpreendente quanto a sua carreira discreta, num pequeno número de salas (embora, em termos relativos, também muito segura), não sugeria a possibilidade de tantas e tão importantes nomeações: cinco, incluindo melhor realização. Dado curioso deste ano é a total coincidência entre títulos para melhor filme e respectivos realizadores: os cinco realizadores nomeados são os dos cinco candidatos à estatueta máxima.
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Olhando para a lista oficial das nomeações Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, talvez o mais surpreendente seja o facto de, entre os cinco candidatos a melhor filme, apenas um (Munique, precisamente) ser um produto directo dos grandes estúdios. Todos os outros — incluindo ainda Capote, de Bennett Miller, Colisão, de Paul Haggis, e Good Night, and Good Luck., de George Clooney — são provenientes de pequenos estúdios e foram gerados na área tradicionalmente classificada como independente. O caso de Capote, através do qual Philip Seymour Hoffman (no papel do escritor Truman Capote) se perfila como o vencedor "antecipado" do Oscar de melhor actor, é tanto mais surpreendente quanto a sua carreira discreta, num pequeno número de salas (embora, em termos relativos, também muito segura), não sugeria a possibilidade de tantas e tão importantes nomeações: cinco, incluindo melhor realização. Dado curioso deste ano é a total coincidência entre títulos para melhor filme e respectivos realizadores: os cinco realizadores nomeados são os dos cinco candidatos à estatueta máxima.