
Singularíssima figura do mundo do rock (liderando a banda Hole e, depois, a solo), actriz irregular de cinema (com uma genial composição no filme de 1996 Larry Flynt, dirigido por Milos Forman), viúva e herdeira de Kurt Cobain (que se suicidou em 1994, contava 27 anos), Courtney Love é essa personagem de muitas contradições e derivas, também conhecida por...

Muitas vezes citada pelos “excessos” da sua história privada, Courtney Love opta por multiplicar esse assombramento, propondo um livro de cruas e serenas confissões: são folhas soltas manuscritas, imagens recuperadas dos mais recônditos álbuns de família, momentos de riso ou lágrimas a que não pertencemos. Há mesmo algumas imagens, belíssimas, de Frances Bean, a filha de Courtney e Cobain — tudo recoberto pela estranha verdade de um paciente e silencioso pudor.
* Texto publicado na revista "6ª", Diário de Notícias (12 Jan.).