Richard Swift “The Richard Swift Collection – Vol1”
Para quase todos nós este era, até há bem pouco tempo, um ilustre desconhecido. Natural do Minnesota, com vida há muito feita em Los Angeles, Richard Swift é um jovem cantautor que faz no presente uma música que exala ecos de passados americanos vários, da memória do ragtime e outras primeiras manifestações do jazz aos espaços da folk, aos domínios coloridos do vaudeville, e convoca ambientes e soluções que ora evocam Tom Waits, os Beatles, Van Dyke Parks, os Kinks… Editou dois álbuns, um em 2001 (Walking Without Effort), outro em 2004 (The Novelist), em ambos procurando caminhos de transporte para o presente deste novelo de referências. Se Walking Without Effort é um depoimento de escrita em evidente busca de personalidade, num espaço de projecção de canções clássicas sob sentido de arte final quase épico (e que lhe tem valido comparações, não descabidas, com Rufus Wainwright, apesar das evidentes diferenças de agenda política entre ambos), The Novelist, integralmente gravado a sós, num quarto, com as electrónicas como ferramentas ao serviço de criação de sugestões de cenografia capaz de nos transportar para sonhos de viagem no tempo, é uma obra-prima a descobrir e a primeira marca clara de uma personalidade artística que agora encontrou um registo próprio. Ambos os discos estão agora reunidos num CD duplo, servindo de aperitivo para uma carreira que nos promete mais e bom. Esta colecção serve, assim, para trazer a público os cartões de visita de um músico que promete vir a ser um dos grandes desta década. E brinde-se a opção da Secretly Canadian em manter os dois álbuns, cada qual~, em seu CD. Cabiam os dois em um, mas não faria sentido escutá-los de seguida, tão distintos que são um do outro, apesar das evidentes linhas de afinidade que os unem.
Mano Negra “Lo Mejor de La Mano Negra”
Verdadeiro festim multicultural apenas possível numa Paris musicalmente poliglota e ecuménica, os Mano Negra promoveram, durante o seu tempo de vida, uma entusiasmante declaração de reinvenção de lógicas de afirmação de genéticas culturais e de uma evidente ideologia activista de esquerda, através da consequente projecção de heranças magrebinas e latino-americanas numa música que revela uma vivência de juventude ligada ao rock, sobretudo o punk dos Clash. Sob o comando de Manu Chao (aqui bem mais interessante que, agora, a solo) o grupo traçou uma discografia feita de canções, energia e temperos captados a muitas latitudes, definindo um espaço que, por afinidade, acabou rotulado como rock, mas que revela sobretudo relações com muitas expressões world music (se os Dissidenten ou Hedningarna eram world, porque são, obrigatoriamente, os Mano Negra "apenas " rock?). Híbrido sem rótulo (é melhor assim), este magnífico laboratório de festa e som recorda-se agora numa antologia que junta 24 temas históricos, uma versão inédita e um disco extra com gravações ao vivo (nas quais se reconhece a expressão mais genuína da ideia de farra e comunicação verbal, musical e física do grupo).
Brevemente:
16 Janeiro: Pop Dell’Arte (best of), Blue Aeroplanes (reedição), Regina Spektor, Ride (reedição), Talking Heads (reedição), Kelly Polar, Miss Kittin, Tortoise + Bonnie Prince Billy
23 Janeiro: Aldina Duarte, Arctic Monkeys, Beck, Broken Social Scene, Cat Power, Clap Your Hands say Yeah, Richard Ashcroft, Stereo MC’s (DVD), X-Wife, Jens Leckman
30 Janeiro: Coldcut, Devine & Statton (reedição), Isobel Campbell + Mark Lanegan, Johnny Cash (reedições), Royksopp (ao vivo), The Doors (ao vivo), BSO Walk The Line, Jacinta
Fevereiro: Cindy Kat, 4Hero, Arab Strap, Belle & Sebastian, Jane’s Addiction, Moby (ao vivo), Pharrell Williams, Sparks, White Rose Movement, Madonna (DVD), Eels (ao vivo), Elvis Costello, homenagem aos GNR, Burt Bacharah, Wonderstuff
Março: Death From Above 1979, Spiritualized, Mogwai, Scritti Politti, Madonna (DVD), Morrissey, Beach Boys (reedição), Placebo, David Bowie (DVD), Charlatans, Mudhoney, Nick Cave (BSO), Neko Case
Abril: British Sea Power, Flaming Lips, Thievery Corporation, Moloko (best of), Garbage (best of), The Dears, Calexico, Pearl Jam, Pet Shop Boys, The Streets, Air, Red Hot Chilli Peppers, Tortoise
Estas datas provém de planos de lançamento de diversas editoras e podem ser alteradas a qualquer momento.
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Para quase todos nós este era, até há bem pouco tempo, um ilustre desconhecido. Natural do Minnesota, com vida há muito feita em Los Angeles, Richard Swift é um jovem cantautor que faz no presente uma música que exala ecos de passados americanos vários, da memória do ragtime e outras primeiras manifestações do jazz aos espaços da folk, aos domínios coloridos do vaudeville, e convoca ambientes e soluções que ora evocam Tom Waits, os Beatles, Van Dyke Parks, os Kinks… Editou dois álbuns, um em 2001 (Walking Without Effort), outro em 2004 (The Novelist), em ambos procurando caminhos de transporte para o presente deste novelo de referências. Se Walking Without Effort é um depoimento de escrita em evidente busca de personalidade, num espaço de projecção de canções clássicas sob sentido de arte final quase épico (e que lhe tem valido comparações, não descabidas, com Rufus Wainwright, apesar das evidentes diferenças de agenda política entre ambos), The Novelist, integralmente gravado a sós, num quarto, com as electrónicas como ferramentas ao serviço de criação de sugestões de cenografia capaz de nos transportar para sonhos de viagem no tempo, é uma obra-prima a descobrir e a primeira marca clara de uma personalidade artística que agora encontrou um registo próprio. Ambos os discos estão agora reunidos num CD duplo, servindo de aperitivo para uma carreira que nos promete mais e bom. Esta colecção serve, assim, para trazer a público os cartões de visita de um músico que promete vir a ser um dos grandes desta década. E brinde-se a opção da Secretly Canadian em manter os dois álbuns, cada qual~, em seu CD. Cabiam os dois em um, mas não faria sentido escutá-los de seguida, tão distintos que são um do outro, apesar das evidentes linhas de afinidade que os unem.
Mano Negra “Lo Mejor de La Mano Negra”
Verdadeiro festim multicultural apenas possível numa Paris musicalmente poliglota e ecuménica, os Mano Negra promoveram, durante o seu tempo de vida, uma entusiasmante declaração de reinvenção de lógicas de afirmação de genéticas culturais e de uma evidente ideologia activista de esquerda, através da consequente projecção de heranças magrebinas e latino-americanas numa música que revela uma vivência de juventude ligada ao rock, sobretudo o punk dos Clash. Sob o comando de Manu Chao (aqui bem mais interessante que, agora, a solo) o grupo traçou uma discografia feita de canções, energia e temperos captados a muitas latitudes, definindo um espaço que, por afinidade, acabou rotulado como rock, mas que revela sobretudo relações com muitas expressões world music (se os Dissidenten ou Hedningarna eram world, porque são, obrigatoriamente, os Mano Negra "apenas " rock?). Híbrido sem rótulo (é melhor assim), este magnífico laboratório de festa e som recorda-se agora numa antologia que junta 24 temas históricos, uma versão inédita e um disco extra com gravações ao vivo (nas quais se reconhece a expressão mais genuína da ideia de farra e comunicação verbal, musical e física do grupo).
Brevemente:
16 Janeiro: Pop Dell’Arte (best of), Blue Aeroplanes (reedição), Regina Spektor, Ride (reedição), Talking Heads (reedição), Kelly Polar, Miss Kittin, Tortoise + Bonnie Prince Billy
23 Janeiro: Aldina Duarte, Arctic Monkeys, Beck, Broken Social Scene, Cat Power, Clap Your Hands say Yeah, Richard Ashcroft, Stereo MC’s (DVD), X-Wife, Jens Leckman
30 Janeiro: Coldcut, Devine & Statton (reedição), Isobel Campbell + Mark Lanegan, Johnny Cash (reedições), Royksopp (ao vivo), The Doors (ao vivo), BSO Walk The Line, Jacinta
Fevereiro: Cindy Kat, 4Hero, Arab Strap, Belle & Sebastian, Jane’s Addiction, Moby (ao vivo), Pharrell Williams, Sparks, White Rose Movement, Madonna (DVD), Eels (ao vivo), Elvis Costello, homenagem aos GNR, Burt Bacharah, Wonderstuff
Março: Death From Above 1979, Spiritualized, Mogwai, Scritti Politti, Madonna (DVD), Morrissey, Beach Boys (reedição), Placebo, David Bowie (DVD), Charlatans, Mudhoney, Nick Cave (BSO), Neko Case
Abril: British Sea Power, Flaming Lips, Thievery Corporation, Moloko (best of), Garbage (best of), The Dears, Calexico, Pearl Jam, Pet Shop Boys, The Streets, Air, Red Hot Chilli Peppers, Tortoise
Estas datas provém de planos de lançamento de diversas editoras e podem ser alteradas a qualquer momento.