Nascida no Canadá, em 1956, educada em Inglaterra (Oxford), Mary Harron é uma espécie de figura «não-alinhada» do cinema americano contemporâneo. Basta lembrar as suas duas espantosas longas-metragens: I Shot Andy Warhol (1966), subtil evocação de Valerie Solanas, personagem das franjas da «contra-cultura» dos anos 60 que tentou matar Warhol a tiro, e American Psycho (2000), que consuma a tarefa «impossível» de transpor para cinema o romance homónimo de Bret Easton Ellis. Além do mais, Harron tem mantido uma actividade regular na televisão, dirigindo vários episódios de séries como Homicide, The L Word e Sete Palmos de Terra.
Na sua terceira longa-metragem — The Notorious Bettie Page — Mary Harron evoca nada mais nada menos que a mulher que se tornou um dos primeiros ícones sexuais da América, rainha clássica das pin-ups: Bettie Page (n. 1923), a lendária playmate da edição de Janeiro de 1955 da revista Playboy.
Bettie Page surge interpretada por Gretchen Mol, actriz que vimos, por exemplo, sob a direcção de Abel Ferrara (O Funeral, 1996), ou Woody Allen (Através da Noite, 1999). O argumento é da responsabilidade da própria realizadora e Guinevere Turner (ambas tinham já assinado a adaptação de American Psycho). A produção possui as marcas de uma origem genuinamente independente: por um lado, porque a ela está associada uma pequena companhia como a Killer Films, também ligada a projectos tão originais como Hedwig - A Origem do Amor (2001), de John Cameron Mitchell, e Câmara Indiscreta (2002), de Mark Romanek; por outro lado, porque se trata de um projecto apoiado pela HBO, a televisão que tanto produz séries do calibre de Os Sopranos ou Sete Palmos de Terra, como filmes com as características de Elephant (2003), de Gus Van Sant, ou Maria Cheia de Graça (2004), de Joshua Marston. Lançado no Festival de Toronto de 2005, The Notorious Bettie Page vai estrear em Abril, nos EUA — para já, não consta de nenhuma lista dos distribuidores portugueses.
* O trailer de The Notorious Bettie Page está disponível nas páginas de cinema da Apple.
* Sobre Mary Harron, sugerimos uma consulta de Salon.com.
* Em Setembro/Outubro de 2005, a produtora Killer Films foi objecto de uma retrospectiva no MoMA.
Na sua terceira longa-metragem — The Notorious Bettie Page — Mary Harron evoca nada mais nada menos que a mulher que se tornou um dos primeiros ícones sexuais da América, rainha clássica das pin-ups: Bettie Page (n. 1923), a lendária playmate da edição de Janeiro de 1955 da revista Playboy.
Bettie Page surge interpretada por Gretchen Mol, actriz que vimos, por exemplo, sob a direcção de Abel Ferrara (O Funeral, 1996), ou Woody Allen (Através da Noite, 1999). O argumento é da responsabilidade da própria realizadora e Guinevere Turner (ambas tinham já assinado a adaptação de American Psycho). A produção possui as marcas de uma origem genuinamente independente: por um lado, porque a ela está associada uma pequena companhia como a Killer Films, também ligada a projectos tão originais como Hedwig - A Origem do Amor (2001), de John Cameron Mitchell, e Câmara Indiscreta (2002), de Mark Romanek; por outro lado, porque se trata de um projecto apoiado pela HBO, a televisão que tanto produz séries do calibre de Os Sopranos ou Sete Palmos de Terra, como filmes com as características de Elephant (2003), de Gus Van Sant, ou Maria Cheia de Graça (2004), de Joshua Marston. Lançado no Festival de Toronto de 2005, The Notorious Bettie Page vai estrear em Abril, nos EUA — para já, não consta de nenhuma lista dos distribuidores portugueses.
* O trailer de The Notorious Bettie Page está disponível nas páginas de cinema da Apple.
* Sobre Mary Harron, sugerimos uma consulta de Salon.com.
* Em Setembro/Outubro de 2005, a produtora Killer Films foi objecto de uma retrospectiva no MoMA.