Este ano o Natal americano sorriu a Mariah Carey, que somou o seu 17º número um em 15 anos de carreira, igualando o palmarés de Elvis Prseley, e estando agora a apenas três números um de bater os Beatles! Como é possível?... Podemos aqui falar do mau gosto transversal ao grande mercado norte-americano, mas ao menos a senhora é uma cantora com carreira feita na música, discos, concertos e o que a praxe manda. Ou seja, com mau ou bom gosto, trabalhou para os 17 números um...
Mas no Reino Unido, o número um natalício foi para um daqueles artistas que, daqui a um ano, se não for a ajudinha das revistas de mexericos e desgraças, estará tão esquecido como o seu êxitozinho do momento. Ele chama-se Shayne Ward e venceu o X-Factor, um dos reality shows que fazem a ementa farta da tele-vida bife actual. Editou um single de estreia, e logo na primeira semana vendeu 300 mil cópias! Ou seja, mais 230 mil que o single de beneficência dos Band Aid 20 que foi número um natalício em 2004! Consoada “foleira” para a música inglesa, com o top decididamente invadidos pelos singles-fenómeno das carreiras-fogacho das tele-vedetas que o são por terem feito figura de tontos durante não sei quanto tempo numa quinta, num regimento ou numa panela com minhocas.
Por cá tivemos o single do Marco-do-pontapé, que vendeu uma resma de cópias e logo acabou esquecido. Os Operações Triunfos 2 já nem gravaram discos, tal foi o fiasco dos colegas da primeira série… Temos, ao seu jeito, tele-lixo D’ZRT, é verdade. Mas as Miritas e Lálás dos reality shows tele-lusitanos ainda não gravam discos. Quer dizer… por enquanto.
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