O CBGB vai mesmo fechar. Um acordo entre o dono do mítico clube nova-iorquino e o proprietário do prédio na Bowery onde está instalado desde 1973 estabeleceu que a 31 de Outubro de 2006 o CBGB terá mesmo de fechar as portas. O prazo do contrato de arrendamento terminou a 31 de Agosto, mas ambas as partes partiram para discussão em tribunal. Uma intervenção do gabinete do Mayor da cidade, Bloomberg, impediu que o caso de agravasse e mediou o debate até à conclusão agora tornada pública. Durante os próximos meses o CBGB continuará no 315 da Bowery, mas com renda agravada para 35 mil dólares por mês. Para o mês de despedida vai ser agendada uma programação especial.
Hilly Kristal, que abriu em Dezembro de 1973 um bar que não esperava vir a ter todo este peso na história da música (lançando as carreiras de nomes como os de Patti Smith, Talking Heads, Ramones, Television, Blondie ou The B-52’s), já revelou que está à procura de nova casa para o CBGB na baixa de Nova Iorque. E pondera abrir uma sucursal em Las Vegas, na qual não se preocupará em manter necessariamente o ambiente do original. Diz que os tempos são outros e que a sua preocupação é a de manter a integridade do CBGB em Nova Iorque.
Esta não é a primeira vez que um clube com história muda de morada. Aconteceu em Nova Iorque, por exemplo, com o Max’s Kansas City. E em Londres com o Marquee, que recentemente reabriu noutra casa.
Por cá é que as coisas fecham e não voltam a abrir. O Rock Rendez Vous já era. O Johnny Guitar também. O Ritz Club continua fechado, à espera de ordem para terminar as obras…
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