sexta-feira, dezembro 02, 2005

Beatles na Fnac (2)

O segundo dia do ciclo sobre os Beatles que o Sound + Vision promove em conjunto com as lojas Fnac propõe hoje, pelas 15.00 horas, na Fnac Chiado, o visionamento do filme A hard Day’s Night, o primeiro protagonizado pelos fab four e que, à data da estreia em Portugal, chegou aos cinemas sob o hilariante título Os Quatro Cabeleiras do Após Calipso (cartaz original neste post). O filme, rodado em 1964 por Richard Lester, conta a história (exagerada) de um suposto dia típico na vida dos Beatles, entre viagens de comboio, fãs atentas e actuações num programa de televisão, usando uma personagem ficcional, um avô, para acrescentar tempero narrativo a uma história simples. O filme apresenta os quatro Beatles como eles mesmos e, num elenco discreto, surge a presença fugaz de um muito jovem Phil Collins, sentado entre uma plateia de admiradores.

Ontem à noite o ciclo Beatles na Fnac abriu com uma sessão sobre a relação do grupo com Portugal. Tozé Brito evocou dias de 60 e como os Pop Five Music Incorporated e Quarteto 1111 manifestaram sinais de admiração pelos quatro de Liverpool. Dois dois grupos escutaram-se, respectivamente, uma versão de Blackbird e Ode To The Beatles. Nuno Rafael trouxe discos recentes onde a herança dos Beatles é evidente. Escutámos Tonto, dos Xutos & Pontapés e Ouvi Dizer, dos Ornatos Violeta. Pedro Ramos, da Radar, explicou como se pode passar Beatles na rádio sem a caução da nostalgia. E Paulo Fernandes, da EMI, descreveu como se trabalha, numa editora, cada edição dos Beatles ou dos seus ex-membros. Ao longo do serão escutaram-se ainda versões de Hey Jude por Carlos Bastos e de Agora Quero Ser Feliz (ou seja, I Want To Hold Your Hand) pelo Duo Ouro Negro, espreitou-se uma maquete caseira de António Variações ao som de Let It Be e recordou-se Missing You, dos Sheiks. A fechar, Tozé Brito recordou o episódio Penina, a canção que um Paul McCartney bem bebido “compôs” com um grupo de bar num hotel algarvio em finais de 60. Ouviu-se então, esse raro tema, na gravação original, pelos Jota Herre.

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