Chega hoje às lojas portuguesas o DVD do terceiro (e último) episódio da trilogia “modernaça” d'A Guerra das Estrelas. Apesar de valentes furos abaixo da trilogia inicial, esta segunda dose de filmes, todos eles realizados por George Lucas, introduziram nos hábitos de “construção” cinematográfica uma nova ordem. A forma como os filmes foram criados, juntando alguns actores de carne e osso e um mínimo de recursos cénicos convencionais a uma parafernália de personagens, lugares e visões digitais, somando ideia após ideia frente a ecrãs de computador, numa fronteira nova entre a moldagem digital e os hábitos clássicos de rodagem em estúdio e (raramente) exteriores, fez história e abriu um novo espaço que certamente terá descendências.
Depois de um medíocre Episódio I e de um Episódio II um pouco melhor, claramente mais apurado, este terceiro capítulo foi o melhor da segunda trilogia. O mais negro, mais elaborado, mais vertiginoso. Não traduz a essência sombria, quase gótica, do mítico Império Contra-Ataca. Mas foi, de todos os três novos filmes, o que mais se aproximou da memória dos primeiros (nem que pela forma como foi colando fios aparentemente soltos, abrindo caminho para a história que em 1977 chegou pela primeira vez aos cinemas de todo o mundo). Todavia, no departamento actores (e diálogos), a coisa nunca descolou do nível sub-telenovela…
A edição do DVD inclui, além do filme, um documentário making of, algumas featurettes (The Prophecy Of Anakin Skywalker e Stunts) e 15 pequenos documentários web criados pela Lucasfilm para promover o filme.
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